sábado, 5 de dezembro de 2020

No Ceará, oito policiais são presos acusados de receberem propina de casas de jogos.

Oito policiais militares foram presos, na manhã desta sexta-feira (4), após uma operação do Ministério Público do Ceará desarticular a ação de agentes da ativa que estariam fornecendo, em troca de propina, proteção e acobertando o funcionamento de bingos e de outras casas de jogos ilegais na Capital. Os suspeitos também estariam repassando à organização criminosa responsável pelo jogo informações sobre futuras ações policiais que visavam coibir a prática ilegal. Os mandados foram cumpridos em Fortaleza e Cariré.



As investigações iniciaram em novembro de 2018 e contaram com o apoio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). As primeiras informações e provas foram levantadas durante outro caso, em que o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) investigava o envolvimento de policiais militares com facções criminosas. Se comprovada a participação dos suspeitos nos delitos investigados, eles podem responder por crime contra a economia popular, corrupção ativa e passiva e também por integrarem organização criminosa.


A pedido dos promotores do Gaeco, a Vara da Auditoria Militar expediu oito mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, em Fortaleza e Cariré. O cumprimento conta com o apoio da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol), órgão da SSPDS e do Comando Geral da Polícia Militar.


Em nota, a SSPDS informa que o objetivo da operação é desarticular a ação dos agentes da Polícia Militar que estariam fornecendo proteção e acobertando o funcionamento de bingos e de outras casas de jogos ilegais. Os suspeitos também estariam repassando à organização criminosa responsável pela jogatina informações sobre futuras ações policiais que visavam coibir a prática ilegal. Os outros dois policiais que não foram encontrados em seus endereços devem se apresentar ao longo do dia.


*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do Opovo. Para ler a matéria original, clique aqui