sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Zé Quarenta, José Ribamar de Sousa(in memoriam).


Zé Quarenta, José Ribamar de Sousa(in memoriam)







O bloco o CABEÇÃO teve início no ano de 1963 com os três jovens Estropelho, Zé Nilton (de Peraí) e Zé Quarenta. O intuito deles eram se divertirem e saiam da Rua Padre Abath, do Bar de Jacú (outra curiosidade da cidade) e percorriam a cidade. Vejam que astucia dos três jovens: saiam com uma bacia de alumínio e uma cabeça de boi em cima assustando as crianças. (fonte: Jornal cultural Cacuá, edição 2013). Como diz Tirulipa o comediante, o “pobre não estuda ele tem que ser estudado” e o nordestino tem uma criatividade espetacular. Assim aconteceu com esses três jovens sem intenção de fazer a história e já fazendo, eles criaram o bloco o cabeção. 


Durante esse mês faço menção aos que fizeram a história do bloco carnavalesco O CABEÇÃO, os protagonistas que alavancaram e que hoje perpassa as gerações arrastando multidões; talvez muitos jovens não tenham conhecimentos da origem do bloco. Mas vamos trazer hoje uma pessoa que merece nossa homenagem, que apesar de se encontrar na eternidade, com certeza ficará feliz em ser lembrado como aquele que fez a alegria de muitos em vários carnavais. 

 Trago assim hoje a pessoa de Zé 40 (in memoriam) ou seja o inestimável José Ribamar de Sousa, o mesmo nasceu em Brejo Santo no dia 21/09/1943 filho de Raimunda Abreu e Antonio Cândido de Sousa (Totonho), tendo como Irmãos: Antonival, João Bosco, Lula, Gilberto, Maria, Teresinha, Francisca e Fátima. Casou-se com Maria José Pires (Mariazinha) sua primeira namorada, com a qual tiveram os filhos: Stevania Pires, Sterjane Pires, Sterfania Pires e Stewart Pires de Sousa (in memoriam), Stelania Pires. Netos e netas Tamirys Filgueira, Tairony Filgueira, Ytalo Matheus Pires, Bruno Pires, Guilherme Pires, Stefany Pires, Henrique Romeu Pires, Isabela Pires, Stefany Pires. Bisnetos e Bisnetas: Ludmylla Filgueira e Théo Benício Filgueira. 

Marizinha sua esposa é conhecida por todos nós, pois afinal quem não se recorda de suas vendas de salgados na Escola Balbina Viana Arrais, de sua garra e de sua luta? Pois é, deram suas contribuições na história. Mas voltemos a Zé quarenta, viveu sua infância e adolescência na rua velha, morou uma época em Juazeiro, depois em Fortaleza e retornou para Brejo Santo, sempre viveu como autônomo, às vezes vendendo lanches, em uma das vezes trabalhou na casa de apoio de Brejo Santo. Assim era Zé quarenta vida simples, seus últimos dias na cidade de Salgueiro Pernambuco vindo a falecer no dia 13 de outubro de 2020. 

Nossa gratidão aos familiares de Zé Quarenta por permitir registrar essa singela homenagem, e que Deus na sua infinita bondade o coloque na eternidade e no Reino da Glória.