quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

No Ceará, auxílio emergencial foi a única fonte de renda para 8,7% dos domicílios.


O auxílio emergencial foi a única fonte de renda para 8,7% dos domicílios no Ceará. Os dados são de estudo divulgado ontem, 6, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19 de novembro.

Essa dependência exclusiva do benefício do governo já foi maior. Em outubro, o percentual era de 9,51%, mas já chegou a representar 11,33% dos domicílios cearenses no mês de setembro, a pior marca desde que o auxílio emergencial começou a ser pago no País em abril do ano passado.

No Brasil, essa foi a realidade em mais de 2,9 milhões de moradias. Com as últimas parcelas do benefício sendo pagas neste mês, crescem as incertezas em relação à sobrevivência dos mais vulneráveis.

“É um contingente ainda muito significativo. O que se esperava era que o auxílio emergencial fosse pago até que a pandemia fosse minimamente controlada ou que o mercado de trabalho voltasse à normalidade. Mas não foi isso o que ocorreu. Ainda tem muita gente fora da força de trabalho, deixando grandes incertezas em relação à sobrevivência desta parcela da população”, avalia o pesquisador do Ipea Sandro Sacchet, responsável pelo estudo.

Em novembro, a renda média efetiva dos cearenses foi de R$ 1.580,44. O montante equivale a 94,5% da renda que era habitualmente recebida antes da pandemia. Alta de 0,5 ponto percentual em relação ao cenário que se tinha em outubro. Reflexo do processo de reabertura da economia.

*Da redação do Blog do Farias Júnior, com O Povo.