quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Pesquisa revela que risco de infecção pelo coronavírus pode ser percebido pelos olhos

Imagem/Google

Estudo mostra que alterações oculares podem surgir até três semanas antes dos primeiros sintomas do novo coronavírus


A revista britânica BMJ Open Ophthalmology divulgou, recentemente, uma pesquisa que traz um apontamento bastante importante. Ela destaca que antes dos primeiros indícios de uma infecção por covid-19 surgirem, os olhos podem sinalizar ao corpo o risco de contaminação. De acordo com o estudo, esse “alerta” pode acontecer até três semanas antes do organismo sentir os clássicos sintomas da doença – dor de cabeça, falta de ar, perda de olfato e paladar, febre, dor de garganta, entre outros.


Entre as alterações oculares mais frequentes no período estão o olho seco e a dor nos olhos. Segundo o estudo, realizado por pesquisadores da Anglia Ruskin University, no Reino Unido, com 83 participantes, o olho seco atingiu 23% dos participantes na chamada “pré-COVID”. A prevalência caiu para 14% quando considerado o período da infecção. Já a dor nos olhos teve maior incidência durante o período de contaminação (16%).


De acordo com o oftalmologista Alexis Galeno, da Clínica de Olhos Massilon Vasconcelos, a prevalência de olho seco apontada no estudo é quase o dobro dos 12% que atinge a população brasileira. “É importante salientar, no entanto, que nem todas as pessoas que apresentam sinais da síndrome do olho seco estão contaminadas e/ou se infectarão futuramente”, explica o especialista. Entre os sintomas do olho seco estão coceira, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e visão embaçada.


Prevenção

O oftalmologista recomenda que a prevenção seja adotada a fim de evitar o desconforto provocado pelo olho seco, bem como a contaminação por COVID-19. Nesse cenário, o ideal é que as pessoas evitem o uso abusivo de ar-condicionado e, também, de eletrônicos. “Além de facilitar a evaporação do filme lacrimal, o confinamento em ambiente climatizado por equipamentos domésticos que não trocam o ar ambiente facilita a proliferação do coronavírus. Portanto, durante a pandemia, a regra para usar climatizadores domésticos que não trocam o ar dos ambientes é manter janelas e portas abertas para evitar a COVID-19 e, também, o olho seco”, ressalta.


*Da redação do Blog do Farias Júnior com informações da revista britânica BMJ Open Ophthalmology.