sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Hérlon Fernandes Gomes.


Hérlon Fernandes Gomes.




Fico feliz e honrada em trazer hoje aqui em nossa História Cotidiana um jovem que escreve muito bem, um poeta, historiador, pesquisador, uma pessoa ilustre de nossa cidade que contribui ricamente com a nossa história: Hérlon Fernandes Gomes. Sempre admirei sua pessoa, seu trabalho, de uma inteligência inigualável. Hérlon faz parte de uma família renomada, seus avós paternos e maternos são referências na cidade. Seus pais marcam assim nosso cotidiano também, pessoas muito queridas: Sebastião Barbeiro e Marli, nossa querida Tôta. Venho assim trazer um pouco da história de vida de quem compõe o cenário de nossa terra, que apesar de morar em outra cidade e estado, se torna presente cotidianamente em nossas vidas com seus registros históricos. Agradeço o envio do texto compartilhando um pouco de sua vida.

Hérlon Fernandes Gomes nasceu em Brejo Santo-CE, em 10 de Junho de 1981. É o filho caçula de Sebastião Gomes da Silva (Sebastião Barbeiro) e Maria Marli Fernandes Gomes (Tôta). Antes dele, o casal trouxe ao mundo Hércules, Helaine e Heloísa. 

Realizou seus primeiros estudos na Escola de 1º Grau Joaquim Gomes da Silva e parte do antigo ginásio na Escola de 1º e 2º Graus Balbina Viana Arrais. Conclui o ginásio e ensino médio no Colégio Padre Viana. 

É apaixonado pela leitura desde quando foi alfabetizado. Aos sete anos lembra que leu seu primeiro livro, que contava a saga de Noé e sua arca. Por volta dos quatorze anos começou a escrever seus primeiros poemas. Eram produções tímidas, que escrevia e guardava para si.

Cursou Direito na Universidade Regional do Cariri, paralelamente, foi professor em diversos estabelecimentos de ensino de Brejo Santo, como Colégio Padre Viana, Educandário Aurélio Buarque, Casinha da Criança, Liceu Professor José Teles de Carvalho e Escola de Ensino Médio Balbina Viana Arrais, onde foi professor de língua portuguesa, literatura, redação e inglês.

É na faculdade de Direito que publica seus primeiros poemas, em pequenos jornais que circulavam naquele meio estudantil. Envolve-se na política estudantil e chega a ser Presidente da Associação Universitária de Brejo Santo – AUBS.

Em 2008, publica sua primeira reunião de poemas, intitulada Geminianos – Poemas de Descoberta.

Formado e aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, teve curta carreira na advocacia particular.

Em 2010, muda-se para Rondônia, onde trabalha na Defensoria Pública do Estado, na comarca de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. Posteriormente, é aprovado no concurso do Tribunal de Justiça, para o cargo de técnico judiciário. Especialista em Direito Penal e Processo Penal, Hérlon é assessor do juízo da Vara de Execuções Penais da capital Porto Velho, onde atualmente reside.
Em 2014, publica seu segundo livro de poesias, chamado Lúmen, uma poesia marcada pela sensibilidade das emoções, especialmente da paixão, desilusão, fé e esperança. Possui outro livro de poesia inédito, chamado A Poesia Inacabada do Amor.

Mesmo morando distante, Hérlon sempre está presente em Brejo Santo, pois sua cidade natal é sempre destino certo de suas férias. Além disso, administra uma comunidade no facebook, chamada Brejo Santo Oficial, onde realiza resgate histórico e cultural do município. “É uma forma de manter-me sempre mais próximo de minha gente.” - afirma.

Ao lado do cunhado, Bruno Yacub, Hérlon é fundador do coletivo de Cultura A Munganga Promoção Cultural, que há dez anos realiza esse trabalho de manter viva a cultura da cidade,  promovendo, sob esse selo, diversos eventos desse caráter.

Atualmente, escreve seu primeiro romance, já em adiantada fase. De cunho histórico, o livro explorará a temática do coronelismo e cangaço na região de Brejo Santo, especialmente os fatos que culminaram com a morte do coronel Chico Chicote. “Auxiliado pelos conhecimentos históricos de Bruno Yacub, que muito tem me indicado os limites até onde a literatura pode seguir, sem ferir a história, tenho tido grande prazer em poder resgatar esse episódio nosso, de um período importante, sobre o qual devemos lançar um olhar crítico. As histórias de coronéis e cangaceiros sempre me fascinaram. Eu era criança, quando, no sítio Cancelas, município de Porteiras, por intermédio dos meus avós,  ouvi pela primeira acerca do famoso Fogo das Guaribas. Anos mais tarde, quando conheci Bruno, descobri que essa história também o fascinava. Nossa amizade sempre teve esse liame com as tradições e o passado de nossa gente.”-  destaca.

O que dizer? Gratidão Hérlon! Pela pessoa que és, pelo trabalho, pelos livros publicados, por pertencer a tão nobre família e por enriquecer a nossa cidade com sua participação e por se preocupar em nos repassar o nosso passado hoje tão presente em nós. Obrigada por fazer parte e compartilhar da nossa História Cotidiana.