Os principais alimentos que compõem o almoço do brasileiro, o arroz e o feijão encareceram mais de 60% no último ano e se tornam os vilões do prato feito. O levantamento do FGV Ibre ainda mostra que o reajuste ficou acima de dez vezes a inflação média do IPC/FGV, que chegou a 6,1% em igual período.
Enquanto o arroz ficou 60,8% mais caro, o feijão foi a 69% de alta. Muito desta escalada de preços se deu pela desvalorização do real frente ao dólar. "Esse movimento do câmbio induz um aumento nas exportações, sobretudo dos cereais e das carnes, favorecendo a redução da oferta interna e pressionando os preços", analisou, em nota, o pesquisador do FGV IBRE Matheus Peçanha.
Favoreceu ainda este cenário mais crítico o período de pandemia, que, segundo Peçanha, fortaleceu a demanda por gêneros alimentícios, contribuindo para o aumento de preços.
No levantamento, a cesta do prato feito, composta por 10 itens, variou média de 23,2%. Quase o dobro de todo o grupo Alimentação do IPC/FGV (11,8%), em que entram no bojo gêneros alimentícios (alimentos comprados no mercado) e a alimentação fora do lar (em bares e restaurantes).
*Da redação do BFJ, com O Povo.
