segunda-feira, 26 de abril de 2021

Ceará recebe 200 cilindros de oxigênio nesta segunda, após explosão de fornecedora

Foto: Kid Junior/Sistema Verdes Mares

Mais 200 cilindros de oxigênio chegam ao Ceará nesta segunda-feira (26). Outros 440 chegaram ao estado neste domingo (25), um dia após a explosão de uma unidade da White Martins, principal fornecedora do insumo no Ceará. Seis pessoas foram levadas ao hospital com ferimentos e quatro receberam alta.


Os cilindros são oriundos de outros estados, como afirmou em nota a White Martins. A medida emergencial visa evitar o comprometimento da distribuição de oxigênio entre os hospitais do Ceará, num contexto de alta demanda do insumo por pacientes internados com Covid-19.


O governador do estado, Camilo Santana, já havia garantido, após reuniões com representantes da fornecedora, que o fornecimento de oxigênio às unidades de saúde cearenses não seria interrompido.


"Reunião neste domingo com o presidente da White Martins, Gilney Bastos. Ele confirmou que o abastecimento de oxigênio em nossas unidades de saúde não será prejudicado devido ao acidente na unidade da empresa em Fortaleza, ocorrido na manhã de ontem, e que a unidade já deverá retomar o funcionamento a partir de terça-feira. Conversamos também sobre o suporte às vítimas, com a garantia do presidente de total apoio por parte da White Martins, inclusive aos moradores do entorno da empresa. Coloquei nosso Estado à inteira disposição para o que for necessário", publicou o gestor na noite deste domingo (25).


Segundo a White Martins a maior parte do fornecimento para os hospitais do Ceará atendidos pela empresa é feita a partir do oxigênio produzido na planta de Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza. "As instalações afetadas na unidade de Fortaleza não produzem oxigênio e são destinadas apenas ao enchimento de cilindros. A produção de oxigênio líquido no estado não foi comprometida", informa.


Hospitais particulares

Para as unidades de saúde particulares, a quantidade de oxigênio em estoque nos hospitais é suficiente para uma média de sete dias, caso não haja o reabastecimento, de acordo com Aramicy Pinto, presidente da Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece). Para ele, a reserva em Fortaleza pode ser consumida ainda mais rapidamente, devido à alta demanda no tratamento de pacientes com Covid-19.


“Nós temos nos nossos hospitais, principalmente nos que não tem tanque, oxigênio para uma semana. Toda semana estão abastecendo então nós esperamos que não precisemos sofrer solução de continuidade”, revela Aramicy.


Explosão em fábrica

Uma explosão foi registrada na empresa fabricante de oxigênio White Martins, localizada na Avenida Francisco Sá, no Bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, na manhã deste sábado (24), por volta das 10h. Ambulâncias do Samu foram acionadas para o local. Seis pessoas ficaram feridas, conforme o Corpo de Bombeiros. Até a tarde deste domingo, apenas uma continuava internada, em estado estável, no hospital Instituto Dr. José Frota.


O estrondo da explosão foi ouvido em diversos bairros da região e testemunhas relatam que o acidente fez com que casas da vizinhança ficassem com vidros e portões quebrados. O forro do teto de algumas residências também caíram. Uma fumaça branca também foi vista em vários pontos da cidade.


Em nota, a empresa informou que iniciou os contatos com vizinhos da fábrica, que fica no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, e tiveram suas residências atingidas por causa da explosão. O acidente danificou janelas e portas de casas da região, cujo barulho foi ouvido em diversos bairros da cidade.


Com isso, a White Martins garantiu que as tratativas com os vizinhos da unidade são para ressarci-los dos prejuízos causados. Conforme e organização, um casal de moradores foi encaminhado a um hotel com hospedagem temporária providenciada. Foi aberto um canal na central de relacionamento para solicitações dos moradores, o número é o 0800 709 9000.


A empresa ainda informou que duas pessoas que estavam presentes na fábrica durante a explosão continuam hospitalizadas e com quadros de saúde estáveis.


*Da redação do BFJR, com G1.