terça-feira, 4 de maio de 2021

Hospital Santo Antônio reduz em mais de 60% as entubações por COVID-19 com uso do capacete de oxigênio desenvolvido no Ceará.


As últimas semanas foram marcadas pelo aumento considerável de entradas de pessoas em unidades de saúde com complicações em decorrência do novo coronavírus, com isso há uma maior demanda proporcional por leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) em todo o país, com filas de pessoas aguardando vaga.

Como forma de driblar o caos, o Hospital Santo Antônio de Barbalha, mantido pela Fundação Otília Correia Saraiva, faz uso do Capacete Elmo e conseguiu reduzir entre 60 e 70% a taxa de ventilação invasiva. A técnica é nova e revolucionária e já teve vários pacientes beneficiados na região.

Ela é usada para o tratamento de pessoas com Covid-19 que apresentam insuficiência respiratória leve e moderada. Trata-se de uma Terapia com Pressão Positiva que ajuda na reversão do desconforto respiratório. “É fantástico e muito interessante. A gente o implantou recentemente e já estamos tendo resultados maravilhosos em poucos dias de uso com pacientes que deixam de ir para a intubação devido a utilização do Elmo”, disse a Fisioterapeuta e Coordenadora do Serviço de Fisioterapia do Hospital Santo Antônio, Ângela Rolim.

Nesse procedimento se utiliza insumos como fluxometro de ar comprimido, dois fluxômetros de oxigênio no início para garantir pelo menos 40L/minutos, isso para evitar a reinalação de gás carbônico (CO2), podendo depois o oxigênio ser reduzido, no mínimo, para 30 litros por minuto, ligados por uma conexão de silicone, umidificador aquecido, com água destilada, conexões para interligar os dispositivos, protetor auricular, filtro HME e HEPA, presilhas para serem colocadas na região axilar do paciente fixando o capacete à cabeça e o tórax do paciente.

O equipamento foi desenvolvido no estado do Ceará, através da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), ESP/CE e Funcap, com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Ceará), a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade de Fortaleza (Unifor), com o apoio do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) e Esmaltec.

*Da redação do BFJ, com Assessoria ComMonike.