quarta-feira, 2 de junho de 2021

Ceará teve quadra chuvosa abaixo da média em 2021, aponta Funceme

(Foto: Aurelio Alves)

Entre os meses de fevereiro e maio, o Ceará registrou por mais um ano chuvas abaixo da média. Com uma média de 508,3 mm de precipitações no intervalo, a média esperada era de 600,7 mm - um desvio negativo de 15.4%. Os totais observados pela Fundação Cearense de Recursos Hídricos (Funceme) foram divulgados em coletiva nesta quarta, 2.


Para a Fundação, o índice é "bem próximo ao abaixo e normal", conforme pontou o presidente da Fundação, Eduardo Martins. O início do mês de junho marcou o fim da quadra no Estado. No trimestre entre fevereiro e abril, a região Centro Norte apresentou grande parte de suas áreas abaixo da média, enquanto a região Centro Sul apresentou áreas com precipitações acima da média ou normal.


O Ceará registrou 439,6 milímetros (mm), em contraponto a um esperado de 510,1 mm nos meses de fevereiro e abril. "Isso o coloca abaixo da média, mas muito próximo da normalidade e com intensa variabilidade", destacou Eduardo. Segundo ele, os eventos chuvosos foram bastante beneficiados pela Zona de convergência intertropical, a ZCIT, fenômeno de comum aparição na quadra.


Apesar de não ser contabilizado na quadra chuvosa, o mês de janeiro também foi incluso nos dados. No trimestre de janeiro a março, as chuvas ficaram abaixo da média: embora com registro de chuva acima na média na região do Centro Sul, grande parte das regiões tiveram normalidade em suas chuvas.


O evento foi transmitido pelo perfil oficial da Fundação no YouTube. Participaram o presidente da instituição, Eduardo Sávio Martins; o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira; e o presidente da Companhia dos Recursos Hídricos (Cogerh).


A quadra chuvosa não mudou drasticamente o cenário hídrico no Ceará, de acordo com dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O Estado conseguiu encerrar o período de chuvas com um volume hídrico acumulado superior a 30%. "É uma situação que merece cuidados e alerta, mas podemos dizer que já tivemos momentos piores. Abaixo de 50% já é um alerta", destacou o engenheiro e titular da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira.


*Da redação do BFJR, com O POVO.