terça-feira, 8 de junho de 2021

"Houve talvez um erro de comunicação", diz Cabeto sobre termo exigido dos profissionais da educação.


O termo exigido na vacinação contra a Covid-19 dos profissionais da educação no Ceará foi pensado para dar mais transparência ao critério social da imunização prioritária da categoria, segundo o secretário de Saúde do Ceará (Sesa), Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto.

O documento, no qual os professores comprometem-se a retornar às atividades presenciais mediante imunização, é alvo de críticas de professores e entidades educacionais. 

Em entrevista à Rádio O POVO CBN nesta terça-feira, 8, ele explicou como foi definida a criação do documento no âmbito da Comissão Intergestores Bipartite do Ceará (CIB-CE). "Na hora que uma comissão técnica toma a decisão de colocar não um critério epidemiológico, mas sim um critério social, era preciso dar transparência à sociedade, e assim foi colocado. Houve talvez um erro de comunicação, mas peço que as pessoas compreendam. O que fica é a grande mensagem, de que o Estado está valorizando a educação", afirmou.

Cabeto ainda mencionou uma demanda por parte dos secretários municipais de saúde sobre igualdade de condições em relação à exigência da vacinação feita aos profissionais de saúde. 

"Era importante porque lá atrás os profissionais de saúde foram obrigados a declarar que eles estavam na linha de frente", acrescentou. No começo do ano, quando a vacinação contra o coronavírus teve início pelos profissionais de saúde da linha de frente, os trabalhadores tinham de apresentar um termo profissional para comprovar contato direto com os pacientes.

Cabeto enfatizou que era necessário "dar uma satisfação" à sociedade sobre a priorização dos profissionais da educação, considerando outros grupos em atividade essencial. "Nós temos outras classes que também tão correndo risco, tão tendo contato e não pararam. Estamos falando dos trocadores de ônibus, do pessoal dos transportes coletivos", disse.

*Da redação do BFJ, com O Povo.