terça-feira, 6 de julho de 2021

Ceará - Estudantes desenvolvem máquina de desinfecção de máscaras contra Covid-19

Foto: Reprodução

Estudantes de diversos cursos de uma universidade federal no Ceará desenvolveram uma câmara de desinfecção de máscaras de proteção contra a Covid-19. A inspiração para o desenvolvimento da câmara veio dos Estados Unidos e demorou cerca de dois meses no processo de construção até ficar pronta.


Com materiais nas mãos, medidas, diversos cálculos e mentes talentosas para contribuir com a tecnologia e ciência, a câmara ficou no ponto de ser usada. Além de contar com estudantes de diversos cursos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), o trabalho também foi desenvolvido com a ajuda de orientadores da instituição.


Devido à pandemia de Covid-19, a maior parte das reuniões do grupo ocorreram de forma virtual, pela internet. "Foi criado um grupo de estudo no WhatsApp e a gente se comunicava mandando mensagens e ideias. E quando foi para ter os primeiros contatos para montar as peças aí a gente começou a se reunir", explicou o estudante Pedro Henrique Queiroz


A câmara funciona da seguinte forma:

São 16 lâmpadas que emitem uma luz ultravioleta;

O equipamento teve um reforço na segurança para não prejudicar o ser humano;

A capacidade total da câmara é de 20 máscaras, que ficam expostas durante cinco minutos;

Depois dos cinco minutos, está finalizado o processo de desinfecção.

Comprovação da eficácia


O trabalho de desinfecção é destinado principalmente para as máscaras N95, considerada uma das mais reforçadas contra o coronavírus. Mas para que o equipamento possa ser distribuído para outras instituições, ainda é necessário que ele passe por uma etapa de validação comprovando a eficácia do projeto.


Professor dos cursos de engenharia da Unilab, Tales Paiva Nogueira conta que, para a construção da câmara, se fez necessário a cotação de materiais e também a busca por inspirações de universidades que conseguiram concluir o projeto e comprovar a eficácia do equipamento, que se faz tão necessário nesses tempos de pandemia.


"A gente fez uma cotação de materiais, nós olhamos também as experiências de outras universidades do Brasil que também construíram câmaras parecidas e no nosso caso nós pegamos um armário normal de metal de um metro e noventa (de altura), de oitenta centímetros de largura, e nós colocamos dezesseis lâmpadas que emitem essa luz ultravioleta. Existem dentro dela as paredes da câmara com dezesseis lâmpadas e também construímos junto com os alunos um sistema de segurança, já que essa radiação ultravioleta é danosa ao organismo humano, então existe todo esse cuidado também para não ligar as lâmpadas perto das pessoas durante a construção", explica o professor.


Cursando o último semestre de engenharia de energias renováveis, o universitário Pedro Henrique foi um dos estudantes que participou do processo de construção do equipamento. Ele acredita que, como a câmara está no fim de processo de confecção, só esperando mesmo a aprovação, é possível acrescentar mais ganchos para que haja uma capacidade maior de mais máscaras dentro do equipamento.


"A câmara está na etapa final, que é a etapa de testes biológicos. Os testes biológicos vão testar a eficiência para eliminar o coronavírus. E também, como ainda está na reta final, algumas alterações podem ser realizadas também, tipo colocar um incremento de ganchos, para que possa comportar ainda mais máscaras dentro da câmara. Com os ganchos que tem são vinte, mas podem ser acrescentados mais quatro e será possível comportar até vinte e quatro máscaras", explica.


*Da redação do BFJR, com G1.