terça-feira, 24 de agosto de 2021

Levantamento da Fiocruz recomenda vacinação de jovens para retorno ao ensino presencial

Foto: Elisa Elsie/Governo do RN

Um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomenda a vacinação de jovens de 12 a 18 anos para o retorno mais rápido ao ensino presencial e à prática de esportes e outras atividades.


Para a coordenadora do grupo de trabalho criado sobre o assunto e assessora da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), Patrícia Canto, a vacinação de adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem.


“O risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um risco maior do que o da própria Sars-CoV-2 para eles. Não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos e, em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras, propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”.


O documento é uma versão atualizada e ampliada de um conjunto de orientações e recomendações sobre as atividades escolares publicado em março.


O material, segundo a Fiocruz, é baseado em evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais.


A nova edição traz, entre outros temas, novos elementos, com questões como:

a vacinação de crianças e adolescentes;

a transmissão aérea da Covid-19;

os possíveis riscos em ambientes fechados e como enfrentá-los.


Para os pesquisadores, em um cenário de alta transmissão comunitária do coronavírus, o funcionamento das escolas precisa estar associado à manutenção de outras medidas, como:

ventilação e melhoria da qualidade do ar dos ambientes;

uso de máscaras com comprovada eficácia;

definição de estratégia para rastreamento e monitoramento de casos e contatos na escola e medidas para suspensão de atividades presenciais;

manutenção do distanciamento físico de, pelo menos, 1,5 metro;

e orientações sobre higienização contínua das mãos.

A Fiocruz defende ainda que a decisão sobre o melhor momento para a reabertura deve seguir as orientações dos indicadores epidemiológicos e quem tiver com algum com sintoma respiratório deve permanecer em casa.


Para os especialistas, o plano de retorno às atividades presenciais de ensino deve ser aprovado após ampla discussão com a comunidade escolar e continuamente atualizado, e deve envolver alunos, crianças, adolescentes ou adultos na tomada de decisões.


*Da redação do BFJR, com G1.