sexta-feira, 3 de setembro de 2021

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Um ano de saudade da nossa querida Francisca Francinete!

Um ano de saudade da nossa querida Francisca Francinete!



Hoje trago na nossa História Cotidiana uma pessoa muito especial que fez parte da vida e da história da cidade junto com o seu esposo José Martins de Sousa o saudoso Indé (in memoriam), a nossa Querida Francinete. Dona Francinete encantava com seu jeito meigo, seu sorriso meigo e doce, de uma simplicidade sem igual. Uma guerreira, mulher batalhadora. Trago assim, um pouco da sua história, enviada por sua filha Auxiliadora. Expresso em nome de todos como forma de gratidão carinho.


Francisca Francinete de Sousa, nasceu em 31 de agosto de 1938 no sítio Jiqui, Mauriti- CE. Filha de João Pimenta de Sousa e Ventura Gomes de Sousa. Viveu uma infância e adolescência feliz ao lado de sua família e na sua juventude foi para o convento em Tucano na Bahia, fazer uma experiência, onde ficou por um período e retornou ao seu lar.

Aos 22 anos casou-se com José Martins de Sousa (Indé Martins) e foi morar no Sítio Cachoerinha no distrito do Poço, onde ficou boa parte de sua vida. Mãe de 12 filhos, Gleide, Arimatéia, João Neto, Auxiliadora, Albertinho, Sérgio, Gláucia, Nelson,  Diógenes,  Cláudia, Diana e Júnior.


Em 1978 mudou-se para Brejo Santo, para que seus filhos pudessem estudar.

Uma mulher virtuosa que enfrentou muitos desafios para criar seus filhos  e educá-los.

Suas marcas fortes foram a paciência, a tolerância e acima de tudo prudente e silenciosa.


Participava de algumas pastorais e tinha sempre a missão de visitar e colaborar com os presidiários e em especial apoiar os acompanhantes das crianças doentes do hospital Infantil. Bastava saber que tinha alguém de fora sem um apoio, que ela já dava um jeitinho de servir no que tivesse ao seu alcance (sempre no sigilo).


Sua residência sempre tinha pessoas carentes em especial crianças  e ela  sempre partilhava o pão. Muito acolhedora com todos os filhos(as) noras, genros e netos(as), era colo pra todos. Apesar de ter enfrentado muitos problemas de saúde, mas viviam bem ao lado dos seus, afinal era muito amada e bem cuidada por todos. O zelo que ela teve por sua família e por todos, ela recebeu em sua vida e quando tudo parecia estar bem, a Covid tirou-lhe a vida. 


Dona Francinete deixa um legado de muitas qualidades e principalmente de seus e netos filhos que dão continuidade a história da família. Nossa eterna gratidão pelos anos vividos entre nós, pela história plantada.