sexta-feira, 10 de setembro de 2021

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Constantino Alves de Queiroz (In memoriam)


Constantino Alves de Queiroz (In memoriam)
Titio Constantino

A vida é assim, imprevisível, quando menos se espera é como diz a canção” a vida é trem bala parceiro, e a gente é só passageiro prestes a partir”.

Pois é Titio, não sabíamos que naquela manhã dia de domingo 01 de agosto, seria nossa despedida, fomos tão alegres lhe visitar. Mas não seria surpresa se não encontrássemos o senhor em volta do caminhão, olhando os pneus, a cabine, enfim fazendo o que mais gostava. Não tinha outro jeito se não fosse sorrindo a nos receber. Nos acolheu, partilhou um pouco sua tristeza da partida de madrinha Zelita, falou dos filhos, dos netos, enfim um pouco de tudo e nos convidou a entrar. Observei que o banquinho estava ali, nos convidou pra sentar e conversarmos um pouco, e assim fomos puxando conversa. Depois com prazer fez questão que fossemos a casa de Elieldo e Márcia, foi uma manhã agradável, inesquecível mesmo. Exatamente no dia 08 domingo seguinte, dia dos pais, estávamos em volta a sua família compartilhando a dor da partida física, por que a espiritual está com Deus. Hoje, faço assim minha homenagem aos trinta dias de sua morada junto de Deus, seu legado de pai, tio, sogro, irmão, de homem e de um profissional exemplar. Naquele domingo, dia dos pais, ficamos órfãos de tio paterno. Mas fica-se as boas recordações da infância, da adolescência, enfim de tudo que foi vivido, daquela pergunta quando nos víamos se estava tudo bem. Segue um pouco da trajetória de vida de quem fez a história acontecer na cidade de Brejo Santo aos longos desses anos com muita garra e confiança e Deus.

Constantino Alves de Queiroz (in memoriam), nasceu no dia 10 de agosto ano de 1940 no município de Milagres, filho do casal José Alves (in memoriam) de Queiroz e Maria Penedo da Silva (in memoriam), seus irmãos Ana Alves de Queiroz, Francisca Alves de Queiroz, João Alves de Queiroz (in memoriam), Sebastião Alves de Queiroz (in memoriam) e Filomena Alves de Queiroz. Constantino viveu sua infância entre o sitio Ludovico e Barreiro Preto. 





Casou-se com Maria Zelita Alves (in memoriam), com a qual teve 5 filhos: Elieldo, Eliledina, Elidecledson, Erivan e Elisângela. A vida de caminhoneiro começou na década de 1960 quando seu Pai José vendeu uma bodega que possuía e com o dinheiro comprou um caminhão, e assim nascia a vocação para caminhoneiro, profissão que dividia com os outros dois irmãos João (in memoriam) e Sebastião (in memoriam). O interessante é que Constantino trocou uma carroça por um caminhão, ou seja, já tinha o espirito empreendedor, apesar de seu pai possuir caminhão era o único que não sabia dirigir, e assim como autodidata, após a troca já foi dirigindo para casa todo satisfeito.  Sua vida inteira, foi dedicada a vida de estrada, seu assunto sempre era caminhão. 




Nossa gratidão a Constantino por compor a nossa história, por fazer tão bem a sua linha do tempo em Brejo Santo durante esses anos de vida, e nas vésperas dos seus 81 o senhor foi comemorar em outra dimensão, na mansão celeste. Foram mais de 50 anos de entrega na profissão de caminhoneiro por essas estradas, levando e trazendo o progresso para Brejo Santo como um dos caminhoneiros mais antigos da cidade. Fica o legado de homem honrado, nos filhos e netos.