quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Ceará: 160 cidades não registraram mortes por Covid-19 em outubro

Foto: Reprodução O POVO

Durante todo o mês de outubro, 50 municípios cearenses não registraram nenhum caso de Covid-19, o que corresponde a 27,1% do total. Outros 92 tiveram entre uma e dez confirmações, cada, no período. Dos 184 municípios do Ceará, 160 deles não registraram nenhum óbito em decorrência da doença (86,9%) entre os dias 1º e 31 de outubro. Os dados são do IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Estado, atualizado às 13h01min dessa segunda-feira, 1º. Ao todo, o Ceará registrou 2.474 novos casos e 52 novos óbitos no mês passado.


Fortaleza registrou a maior quantidade de diagnósticos no período: 472. Além da Capital, Nova Russas (327), Crateús (145), Várzea Alegre (105) e Caucaia (100) foram os municípios com mais casos confirmados no último mês. Com relação às mortes, a Capital teve 37 registros. Ipueiras e Várzea Alegre somaram três óbitos, cada. Os outros municípios tiveram dois casos, no máximo, ao longo dos 31 dias.


O número de mortes por Covid-19 confirmadas em outubro deste ano é 85% menor em relação ao mesmo mês de 2020. Em relação a setembro também houve uma queda, passando de 93 para 52 registros. Os casos mais recentes, no entanto, podem ainda não ter entrado no sistema devido ao atraso nas notificações.


Comparando os meses de setembro e outubro, contudo, 56 municípios tiveram aumento de casos de Covid-19. Desse total, 37 cidades tiveram até nove confirmações, cada. Outros 19 registraram entre 11 e 61 novos casos. O maior acréscimo pode ser observado em Ipu (61), Crateús (60), Tauá (56), Várzea Alegre (43) e Assaré (40).


A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou, por meio de nota, que "segue monitorando diariamente os indicadores da Covid-19 no Estado", frisando que está em "momento de maior controle dos índices epidemiológicos e assistenciais da pandemia". Pasta também reforça a importância de completar o esquema vacinal, além de ser vacinado com a terceira dose ou dose de reforço, quando necessário, para garantir máxima proteção contra a doença.


Conforme Thereza Magalhães, pesquisadora e professora de Epidemiologia da Universidade Estadual do Ceará (Uece), é importante avaliar a cobertura vacinal dos municípios com aumento. "Isso vai andar junto com o recrudescimento ou não dos casos. Principalmente a tomada de duas doses. Nos Estados Unidos, os locais onde teve aumento de Delta e deixaram o país em alerta foi justamente os que não contavam com uma boa cobertura vacinal", explica.


"É importante saber se eram casos represados também. Por isso a importância de investigar esses municípios", aponta.

 

*Da redação do BFJR, com O POVO.