sexta-feira, 18 de março de 2022

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - ELIZA BASILIO CAVALCANTE

ELIZA BASILIO CAVALCANTE 


 Hoje trago com muita alegria uma personalidade que merece nossa admiração. De forma ímpar, contribuí sobremaneira na história cotidiana da cidade e como estamos no mês das mulheres a trago como referência no papel de esposa, mãe, avó e acima de tudo mulher. Sempre nutri admiração apreço por Dona Eliza Basílio Cavalcante, e agradeço a atenção, sinto-me honrada em meio a nossa conversa colocar um pouco de sua história. 
Nossa conversa foi muito agradável, e o diálogo foi permeado de alegria. Dona Eliza inicia dizendo que nasceu no dia 22 de julho de 1940, filha do ilustre casal Euclides Inácio Basílio Cavalcante (in memoriam) e Cecilia Gomes Basílio Nunes (in memoriam), vem de uma prole de 8 irmãos: Edimilson Basílio (in memoriam), Francisco (Chiquinho Basílio), Maria casada com Cicero Furtado, Edite casada com José Leite Cruz (in memoriam), Francisca casada com Ivan e esta mora no Maranhão, Luzia casada com José Alves Moura, Fátima casada com Chicote, Lúcia casada com Antônio. Que maravilha de conversa! 
Dona Eliza revela que sua infância foi vivenciada entre o sitio Ludovico e a cidade de Brejo Santo. Estudou no colégio Padre Viana, fez o curso admissão na cidade do Crato e que passava semana por lá, ia de ônibus. O tempo passou e aos 20 anos contraiu o matrimonio com Marolineto Sousa Cavalcante, uma união que perdura até hoje. Dona Eliza fala com alegria da sua família e diz: “Não tenho só três filhos tenho quatro, uma de coração” e vai citando os nomes: Francisco Mirancleide Basílio Cavalcante, Maria da Conceição Basílio Cavalcante, Euclides Neto Basílio Cavalcante e Débora Inácio Basílio (sua sobrinha, filha de seu irmão Edmilson e ela chegou em sua casa ainda pequena). 
Dona Eliza como toda mulher forte e guerreira, assume sua missão de trabalho desde cedo, faz um percurso belíssimo: foi professora no sitio Ludovico ensinou na escola Francisco Basílio, à noite, ensinava o Mobral, muitas vezes ia de casa em casa fazendo a matricula dos agricultores e estes, muitas vezes ia debaixo de chuva. Na época em que morava no sítio colocou seus filhos para estudar na cidade, educou todos no caminho do bem. Dona Eliza trabalhou nas gestões dos Prefeitos Juarez Leite Sampaio e Francisco Leite (Dr. Lucena). Outra profissão que Dona Eliza cita com orgulho é a de costureira, exercia a função com maestria. Dona Eliza relata que seu contrato foi através do Sr. João Landim (naquela época eram concedidos contratos), e para ela foi mais uma conquista. A escola que Dona Eliza trabalhou foi Padre Pedro Inácio e na gestão de Dona Bernadete, esta pediu que ela fizesse o curso de datilografia para assumir os trabalhos na secretaria da escola. Dona Eliza aceitou o desafio e renunciou suas férias e passou o mês inteiro fazendo o curso com Dona Maria (uma senhora do Juazeiro, esposa do gerente das Casas Pernambucanas). Dona Eliza conseguiu e, exatamente com um mês estava com o diploma na mão, diz Dona Eliza com orgulho. Assim, passou a trabalhar na secretaria da escola e exerceu muito bem seu cargo. Outra conquista de Dona Eliza foi concluir o Ensino médio, na época, ela cursou junto com sua filha Maria, e foi maravilhoso! Pergunto sobre o Sr. Marolineto o qual merece nossa referência, ela diz que ele trabalhou com João Basílio e Pedro Basílio em uma sapataria e que sempre foi um guerreiro, antes de virem para o Brejo Santo ele adquiriu uma casa para que todos os filhos pudessem estudar e eles morarem. Dona Eliza foi professora da Rede Municipal desde 1967 até 2004, quando aposentou-se. Uma das fundadoras da ACOBRESA, (Associação Comunitária de Brejo Santo), conhecida como a creche de dona Leda.


Pergunto o que Dona Eliza o que tem a dizer sobre os filhos e assim vai relatando:
Maria: “Esperta e é boa, um anjo que Deus mandou para mim”, Euclides Neto: “Meigo e carinhoso” e Miram “Bom demais é quem toma frente de tudo, quem resolve tudo, outro anjo! Assim mostra as fotos dos netos e netas que já exercem suas profissões e dos que estão na luta cotidiana: Thaylandie,  Thulio Galileu,  e Thayanne Maria, Erica Virginia( médicos), Vitor Emanuel (acadêmico curso medicina), Euglidia ( psicóloga) e Euglicia ( acadêmica medicina Veterinária). Dona Eliza festeja ainda suas duas bisnetas Letícia e Cecília.
Sobre a história de Brejo Santo Dona Eliza diz que vale a pena conhecer! 

Agradeço de coração ao espaço concedido, aos seus filhos Miram e Maria que tão bem acompanharam e permitiram a publicação junto com a mesma. Dona Eliza representa todas a mulheres brejossantenses que não se cansam de lutar, que almejam um futuro brilhante para sua família!
Gratidão! Essa é a palavra.