segunda-feira, 25 de abril de 2022

Desigualdades educacionais que a pandemia acentuou

Diante das novas modalidades de ensino, principalmente a remota, não só as desigualdades se acentuaram, mas também a exclusão de estudantes, tendo em vista principalmente a falta de acesso ao básico para acompanhar às aulas on-line, o que abrange desde a rede de internet até a organização física de suas casas.


Em lugares sem saneamento básico e sem comida no prato, dificilmente haverá computador conectado à internet. Além da exclusão digital, outra dificuldade enfrentada durante o ensino remoto foi a evasão escolar - explicada também pelo fato de que muitos discentes precisaram trabalhar para contribuir para a renda familiar.


Apesar dos problemas estruturais e sociais que prejudicam o desenvolvimento de um ensino remoto sustentável e eficaz, convém destacar que essa foi a alternativa mais plausível às redes de ensino para evitar a interrupção geral das atividades educacionais. Assim, o desenvolvimento das atividades pedagógicas foi evoluindo conforme as vivências da comunidade escolar e universitária, a fim de alcançar o maior número possível de estudantes.


Alguns índices apontam que as distorções causadas durante o ensino remoto podem levar até dez anos para serem resolvidas. Desse modo, há alguns caminhos que precisamos percorrer para correr atrás dos prejuízos causados à Educação, quais sejam, o desenvolvimento de um forte projeto de busca ativa de estudantes e metodologias ativas inovadoras no processo ensino-aprendizagem.


Por fim, precisamos buscar, junto aos diversos setores da sociedade, a criação de políticas públicas que permitam o fortalecimento do processo educativo, como a garantia da segurança alimentar e da conectividade dos estudantes, a promoção da equidade e da justiça social - na direção de uma aprendizagem ancorada em uma didática inovadora, pautada na inclusão social dos estudantes brasileiros.

 

*Da redação do BFJR com O POVO+.