Novas caras e estilos aparecem no cenário musical do Brasil frequentemente e a região nordeste é onde se concentra boa parte desses novos talentos. Entre as novas vertentes musicais podemos destacar o piseiro, criado no interior do Nordeste nos anos 2010 o estilo se caracteriza pela simplicidade da união do teclado eltrônico com a voz, em um tipo de forró mais suingado tocado nos paredões. Vários artistas fizeram com que esse ritmo se popularizassem, entre eles podemos destacar Barões da Pisadinha, Tarcísio do Acordeon, João Gomes, Mari Fernandez, Zé Vaqueiro entre outros.
Qual a diferença entre forró e piseiro?
O forró tradicional é preciso ter três instrumentos: Triângulo, sanfona e zabumba. Com o passar do tempo o ritmo ganhou suas primeiras adaptações dando origem ao forró universitário, popularizado por Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho.
Nos anos 90 começaram a inserir novos instrumentos e bailarinos (as) aos shows, surgindo assim o forró eletrônico, popularmente conhecido como “estilizado”. Já o piseiro se caracteriza pelo uso de teclados e sintetizadores eletrônicos. Diferente dos outros estilos, uma banda não é usada, apenas voz e teclado.
Mas o que tem feito o piseiro virar o ritmo do momento? De acordo com os admiradores do gênero isso se dar devido o mesmo ser um ritmo diferente, envolvente, dançante, tudo aquilo que se espera em um show, e ainda há os que dizem que o ritmo é até mais animado do que o próprio forró. Com todo esse sucesso e sua crescente popularidade, o piseiro tem aparecido nas listas de músicas mais ouvidas no Brasil e está chegando também no exterior.
Há também os críticos ao estilo, em entrevista ao jornalista Leo Dias o vocalista do grupo Calcinha Preta, Daniel Diau, revelou não considerar o estilo musical piseiro como uma vertente do Forró, mas, sim, um ritmo singular e novo no mercado. “O piseiro não é um forró, é um ritmo. Ele fez uma mistura, mas o forró é de Luiz Gonzaga e afins. E estão misturando tanta coisa que a gente não sabe nem se é forró”, disse ele.
Na mesma entrevista o produtor musical do gênero, Jeovane de Sá Guedes (que revelou nomes como João Gomes, Tarcísio do Acordeon e Vítor Fernandes), diz que todos tem uma versão diferente para esse assunto. A dele é que o piseiro é uma vertente, vinda do forró, mas um forró mais para cima, mais agitado e, ao mesmo tempo, simples. “Antes existia a “Pisadinha”, que deu origem, realmente, ao termo piseiro, né? Porém, acredito que aqui no Nordeste tudo isso tenha se tornado forró. São muitas misturas em um só ritmo! Mas na minha conclusão, forró e piseiro estão caminhando juntos! “O forró canta o piseiro, e o piseiro canta forro!”, pontua Jeovane.
Concluímos que o piseiro é uma forte tendência musical, mas do que isso, tem se mostrado um ritmo capaz de ultrapassar as fronteiras regionais. Obviamente, esse gênero musical tem um lugar especial no coração dos nordestinos, porém, não são apenas eles que dançam até o dia amanhecer ouvindo esse forró feito com teclado eletrônico, o povo brasileiro abraçou o estilo que se faz presentes nas grandes programações país a fora.
E VOCÊ CURTE UM BOM PISEIRO OU PREFERE UM FORRÓ MAIS CLÁSSICO?