O movimento Indecline, que se autodeclara “coletivo de arte”, gravou um vídeo em que o grupo joga futebol com uma réplica ultrarrealista da cabeça do presidente Jair Bolsonaro (PL) a “cabeça” de dois quilos e meio, foi usada como bola de futebol no começo da tarde deste domingo, dia 21 de agosto de 2022, no Minhocão, o elevado Presidente João Goulart, em São Paulo.
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| Foto: Reprodução/Zanone Fraissat |
A ação faz parte da ação "Freedom Kick", ou chute da liberdade, do grupo de arte de rua. Nela, réplicas de silicone de cabeças de líderes considerados populistas pelo coletivo se tornam bolas de futebol. Nomes como o russo Vladimir Putin e o americano Donald Trump, por exemplo, também já estiveram em campo. As cabeças são obras do artista plástico espanhol Eugenio Merino. O evento reuniu um número pequeno de pessoas. Mas a “pelada” atraía a atenção de quem passava ao redor, fosse andando correndo ou pedalando. Surpresos com a réplica, muitos paravam para fotografar o jogo, que ocorreu sobre um tapete de grama artificial, estendida sobre o asfalto.
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| Foto: Reprodução/Indecline |
Primeiramente, precisamos entender que esse assunto é muito complexo pois quando falamos em liberdade de expressão é importante que se tenha o entendimento que o seu conceito pode gerar inúmeros conflitos de princípios. Como tudo nessa vida, a liberdade de dizer o que pensa também tem o seu limite, quando por exemplo isso ferir as leis. Se alguém falar 'matem o Bolsonaro', isso é um discurso de ódio. Agora, fazer uma bola de futebol com a cabeça do presidente não é a mesma coisa?
Analisando os dois lados da manifestação, Bolsonaro não só é uma figura pública, mas também é o chefe de Estado, o que, inevitavelmente, faz com que ele possa ser alvo de protestos, nesse caso o ato de barrá-la também pode ser lido como censura, já que os brasileiros são livres para protestarem contra o governo.
Portanto, outro fato para ser levado em conta é o fato de o presidente, que agora tenta se reeleger ao cargo, dar declarações que também podem ser acusadas de incitar violência, como quando prometeu "fuzilizar a petralhada", em 2018. Com isso, iniciativas como as do coletivo Indecline tampouco deve surpreender a população brasileira que estar se acostumando com manifestações mais ousadas e polêmicas no ambiente político.
Do BFJR


