segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Quatro homens são presos suspeitos de tentarem fraudar concurso da PM

Foto: Divulgação/Idecan

Quatro homens foram presos durante a prova escrita do concurso para soldado da Polícia Militar do Estado, aplicada na tarde deste domingo, 22. Eles são suspeitos de tentarem fraudar a prova. As informações são do Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), que organiza o concurso.    

Conforme o Idecan, entre os presos está um homem que tentou fazer a prova usando identidade falsa e uma câmera fotográfica escondida e um outro que pretendia entrar na sala portando um celular e que tentou descartar o aparelho quando percebeu que teria de passar por detectores de metais.


No primeiro caso, o preso foi identificado como Jadson Jesser Xavier da Silva, autuado em Igual, na região Centro-Sul do Estado. Ainda segundo o Idecan, ele foi descoberto antes de iniciar a prova. A câmera que usava estava presa ao corpo.    

                        

Já João Vitor Silva Ferreira foi flagrado descartando um aparelho celular na lixeira no momento em que pediu para ir ao banheiro. "Os fiscais que já monitoravam o suspeito, perceberam a manobra e chamaram a polícia", informou o Idecan. Ainda conforme a banca, outros equipamentos que seriam utilizados para fraudar a prova foram encontrados no carro do suspeito.


O Idecan ainda registrou outras duas prisões por tentativa de fraude: Antônio Lucas Pessoa da Silva e Felipe de Oliveira Peixoto, suspeitos de pertencer à mesma quadrilha de Jadson Jesser, foram presos também em Iguatu. O Idecan não detalhou as acusações que recaíam sobre esses dois.


A banca ainda afirmou, em comunicado à imprensa que monitorava "há vários dias" suspeitos de participarem de organização criminosa especializada em fraudes de concursos públicos. O monitoramento ocorreu em parceria com o setor de inteligência da PM. O Idecan ainda destacou utilizar equipamentos antifraudes “de última geração”.


As investigações prosseguem para identificar a possibilidade de ocorrência de outras fraudes e mais pessoas ligadas a essa quadrilha. O Idecan, porém, ressalta, por meio de assessoria de imprensa, que não há possibilidade de anulação do concurso por conta dessas fraudes, até porque os suspeitos não chegaram sequer a ter contato com as provas.


Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 69.272 candidatos se inscreveram para disputar as 1.000 vagas de contratação imediata e 500 de cadastro reserva para o cargo de soldado. Dentre as vagas, 850 são para homens e 150 para mulheres. Há ainda cota para negros, de 20% do total das vagas. As provas foram realizadas em Fortaleza, Iguatu e outros três municípios.


Após a prova objetiva, há a avaliação de cotistas, através de um exame de heteroidentificação; exame de saúde, avaliação psicológica, avaliação de capacidade física e investigação social.



*Fonte: O Povo