terça-feira, 25 de abril de 2023

Senador Cid Gomes questiona alta taxa de juros e defende saída do presidente do BC

Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Cid Gomes (PDT-CE) criticou a alta taxa de juros no Brasil – hoje em 13,75% - e defendeu a saída do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Cid Gomes participou nesta terça-feira (25/04) de audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal e disse que o BC não está cumprindo o dever constitucional de perseguir inflação baixa a pleno emprego. “Pegue seu boné e peça pra sair”, sugeriu Cid a Campos Neto.

Munido de quadro escolar e giz para tornar sua explicação mais didática, Cid Gomes fez uma comparação entre Brasil e Estados Unidos para comprovar sua afirmação, apresentando os números de inflação, taxa de juros e desemprego nos dois Países em 2022. Nos Estados Unidos, a taxa de juros foi a mais alta da história, 4,5%, para combater uma inflação de 6,5%. O País terminou o ano com desemprego de 3,5%.

No Brasil, a inflação foi mais baixa, de 5,8%, mesmo assim a taxa de juros terminou o ano em 13,75%, com desemprego de 9,3%. “Não há razoabilidade nessa diferença. Os EUA usaram uma taxa de juros alta para os padrões deles atacar uma inflação de 6,5% que foi superior à do Brasil. E o Brasil adota 13,75%. Essa questão recebe um agravante doído porque quem sofre com a inflação é o trabalhador assalariado. A elite, os rentistas, têm como se proteger, o Governo se protege porque os preços são reajustados e os tributos são em cima dos preços. No final quem sofre é o assalariado que começa ganhando 100 e termina ganhando 30”, lamentou.

Fonte: Ascom Cid Gomes