Atire a primeira pedra quem nunca sentou em uma calçada na “boca da noite” com uma boa garrafa de café ou uma bacia grande de pipoca e juntamente com seus amigos ou familiares “fofocou” sobre alguém que mal conhece ou até mesmo de algum parente próximo. Eu mesmo já realizei esse ato algumas vezes durante minha existência, mais com certeza também fui o assunto de muitas dessas “rodas de conversas”. A palavra “fofoca” é de origem africana, mais precisamente da região entre Angola e Congo. Ela deriva do termo “fuka”, que no dialeto quimbundo, dos povos bantos, quer dizer revolver, remexer.
Imagem: https://revistacariri.com.br/colunistas/a-fofoca-nossa-de-cada-dia-por-j-flavio-vieira/
Apesar de todos os avanços na nossa economia, do crescimento populacional e o aumento de nosso território urbano, ainda respiramos ares de cidade do interior e isso nos dar o privilégio (ou não) de conhecer a vida uns dos outros, ou pelo menos de achar que a gente conhece. O fato é: Cada um se acha no direito de opinar e até mesmo interferir na vida um do outro, na maioria dos casos essas opiniões e essas interferências causam dor e desencadeiam uma série de problemas sociais e psicológicos.
Assuntos como sexualidade, situações econômicas, separação de casais, traições amorosas e pasmem, até a virgindade das jovens mulheres são os assuntos mais comentados entre “fofoqueiros profissionais”. Ser a pauta desses indivíduos não é algo que exija algum privilegio, só o fato de você existir já é o bastante para cair na língua afiada desses amantes da vida alheia.
Existe uma linha tênue entre fofoca e crime, e devemos estar sempre atentos e vigilantes com nós mesmo. Para a simples e inocente “fofoca” se transformar em crimes contra a honra como calúnia, difamação e injúria são apenas alguns passos, então antes de “comentar a vida alheia” pense no prejuízo que isso pode causar na sua vida ou na vida de quem sofre com suas opiniões ou comentários distorcidos ou não.