segunda-feira, 1 de abril de 2024

Remédios ficam mais caros a partir de hoje

Foto: Reprodução

A partir desta segunda-feira, dia 1º, cuidar da saúde vai pesar mais no bolso do consumidor. Isso porque a partir desta data entra em vigor o novo teto de reajuste dos medicamentos, que neste ano ficou em 4,5%. Veja abaixo dicas para economizarO percentual, o menor desde 2020, foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última quinta-feira, dia 28.


A aplicação do reajuste, no entanto, não é automática e nem imediata. As farmácias podem, por exemplo, reajustar de uma vez ou dividir repasse ao longo do ano. Os preços também podem sofrer alterações a depender, dentre outros fatores, da concorrência entre as empresas do setor. 


“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, explica Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).“Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”.


Entenda a conta do reajuste

O novo teto de reajuste dos medicamentos resulta de uma fórmula de cálculo criada pelo governo e que leva em consideração fatores como a inflação dos últimos 12 meses (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado, conforme determina o cálculo definido desde 2005, conforme informou o Ministério da SaúdeEm 2024, o índice para reajuste dos preços dos remédios coincidiu com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, que registrou alta de 4,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.“O Brasil hoje adota uma política de regulação de preços focada na proteção ao cidadão, estabelecendo sempre um teto para o percentual do aumento para proteger as pessoas e evitar aumentos abusivos de preço”, comentou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do MS


Impacto do imposto

Na prática, este será o segundo impacto no preço dos medicamentos que ocorrerá neste ano. Em janeiro deste ano houve o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou de 18% para 20%. O que também refletiu no preço dos remédios. À época, o Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma) estimou um impacto entre 2,49% a 2,8%


.Dicas para economizar na hora de comprar remédio

Pesquise preços: a comparação de preços possibilita ao consumidor elencar os melhores preços em diferentes farmácias ou se é melhor comprar na loja física ou online.


Compre em quantidade: Para quem toma remédios de uso contínuo, uma alternativa é adquirir os remédios em quantidades maiores, assim é possível se precaver por meses e economizar de forma considerável. Neste caso, o consumidor deve ficar atento ao prazo de validade do produto]


Busque por genéricos: Alguns medicamentos possuem a versão genérica, que possuem o mesmo princípio ativo e eficácia, mas costumam ter preços mais em conta. É importante se certificar com o médico ou farmacêutico se a troca é adequada


Descontos e programas de fidelidade: Algumas redes farmacêuticas possuem programas de fidelidade ou parcerias com empresas que oferecem desconto nos preços de alguns medicamentos


Programas públicos: verifique se o remédio que você precisa não está incluído em programas públicos, como a Farmácia Popular que oferece medicamentos gratuitos ou com uma redução significativa dos preços 


 *Fonte: O Povo