Cientistas identificaram os restos fossilizados da formiga mais antiga que se tem notícia, um inseto com asas e mandíbulas semelhantes a foices, que viveu há cerca de 113 milhões de anos, durante a era dos dinossauros. O fóssil foi preservado em calcário descoberto no Nordeste do Brasil, na cidade do Crato, na região do Cariri Cearense.
A espécie, chamada Vulcanidris cratensis, faz parte de uma linhagem chamada formigas-do-inferno - nomeadas por suas mandíbulas de aparência demoníaca - que prosperou em uma ampla área geográfica durante o período Cretáceo, mas não tem descendentes vivos atualmente.
Uma formiga-do-inferno do Cretáceo descoberta anteriormente foi batizada de Haidomyrmex em homenagem a Hades, o antigo deus grego do submundo.
Com tamanho médio de cerca de 1,35 centímetro de comprimento, a Vulcanidris tinha mandíbulas altamente especializadas, o que lhe permitia prender ou espetar a presa.
Como algumas formigas vivas atualmente, ela tinha asas e parece ter sido capaz de voar. Ela também tinha um ferrão bem desenvolvido, como de uma vespa.
Essa formiga é cerca de 13 milhões de anos mais velha do que as formigas mais antigas conhecidas anteriormente, espécimes encontrados na França e em Mianmar que foram preservadas em âmbar, que é seiva fossilizada de árvores.
*Agencia Brasil.
*Imagem: Reuters.