terça-feira, 10 de junho de 2025

Ex-genro de servidora pública encontrada morta no Ceará é preso suspeito do crime




O ex-genro da servidora pública Maria Madalena Marques Matsunobu, de 64 anos, foi preso na noite dessa segunda-feira, 9, sob suspeita de envolvimento na morte da idosa. A vítima foi encontrada sem vida em sua residência no município do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no dia 5 de abril deste ano.

O suspeito, Marcos Ozebio Pires, de 40 anos, foi capturado em uma residência no bairro Couto Fernandes, em Fortaleza, pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE). Durante a operação, foi cumprido um mandado de prisão que estava em aberto por homicídio doloso, caracterizado pela intenção de matar. O mandado foi expedido pela Vara Única Criminal de Eusébio.

Investigações revelaram que o ex-genro e a funcionária pública estavam em disputa pela guarda dos filhos do suspeito, frutos de seu relacionamento com a filha de Maria Madalena, que faleceu em 2018 devido a um câncer. Após a morte da filha, Madalena assumiu a responsabilidade pelos cuidados dos netos, que atualmente têm 9 e 10 anos.

Em novembro do ano passado, a Justiça do Estado acatou um pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE) para a implementação de medidas protetivas de urgência contra o ex-genro, a pedido de Madalena, que o acusou de maus-tratos às crianças.

Após a prisão, Marcos foi levado à Delegacia de Eusébio, onde o cumprimento do mandado foi formalizado e ele foi colocado à disposição do Poder Judiciário.

A servidora pública foi encontrada com lesões de disparo de arma de fogo. Maria Madalena atuava na Secretaria da Cultura do Eusébio e era presidente da Associação de Artesãos do Eusébio (Aarte). Em 2017, ela recebeu o título de Cidadã de Eusébio pelos serviços prestados ao município.

Além disso, um policial militar, Rodrigo Aguiar Braga, está sendo investigado por sua possível participação no crime que vitimou a servidora. O agente também é suspeito de ter assassinado o empresário Vinícius Cunha Batista, de 47 anos, no último dia 30 de abril, junto com os PMs Rebeca Júlia de Almeida Canuto e Wellington Xavier de Farias, que estão presos desde 9 de maio.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que o policial possui antecedentes criminais por periclitação da vida ou saúde, homicídio doloso, descumprimento de medidas protetivas de urgência e ameaças no contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher.

*O Povo