quarta-feira, 23 de julho de 2025

Duas advogadas e marido são presos no Ceará por envolvimento em esquema milionário de fraudes contra idosos


Duas advogadas e o marido de uma delas foram presos em Fortaleza nesta terça-feira (22) durante a Operação Entre Lobos, deflagrada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com apoio do Ministério Público do Ceará (MPCE). O trio é suspeito de integrar uma organização criminosa interestadual que aplicava golpes milionários contra idosos, envolvendo falsos contratos de cessão de créditos judiciais.

Segundo as investigações, os suspeitos movimentaram mais de R$ 6 milhões em fraudes. Apenas uma das empresas envolvidas, com sede em Fortaleza, teria desviado cerca de R$ 4,6 milhões. A prática consistia em ajuizar ações judiciais em nome dos idosos e, por meio de contratos fraudulentos, fazer com que as vítimas recebessem apenas uma pequena parte do valor — muitas vezes menos de 10% — enquanto o restante era desviado pela organização criminosa.

Durante o cumprimento dos mandados em Fortaleza, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), com apoio das Polícias Civil e Militar, realizou buscas em escritórios de advocacia e apreendeu documentos, celulares e materiais que podem reforçar as provas do esquema. Os três suspeitos foram presos preventivamente e seguem à disposição da Justiça.

Ao todo, a operação cumpriu 13 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão nos estados do Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas. Até o momento, foram identificadas 215 vítimas, mas os investigadores acreditam que o número pode ultrapassar mil pessoas, devido à abrangência do esquema.

Entre os alvos da investigação está uma suposta entidade chamada Instituto de Defesa do Aposentado e Pensionista (IDAP), usada para dar aparência de legalidade às abordagens feitas aos idosos, geralmente aposentados e em situação de vulnerabilidade.

As autoridades destacam a importância da denúncia por parte das vítimas e reforçam que pessoas que se sintam lesadas devem procurar a Delegacia de Polícia mais próxima ou o Ministério Público de seu estado para registrar a ocorrência.

*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do O POVO e DN