Faleceu na madrugada deste domingo (20), em São Paulo, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marín, aos 93 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da entidade. A causa da morte não foi divulgada.
Marín esteve à frente da CBF entre 2012 e 2015, período em que comandou a entidade durante a preparação e realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Antes de sua atuação no futebol, teve uma longa trajetória política: foi vereador, deputado estadual, vice-governador e chegou a governar o estado de São Paulo entre 1982 e 1983, ainda durante o regime militar.
Em 2015, Marín ganhou notoriedade internacional ao ser preso na Suíça, durante uma operação do FBI que investigava um amplo esquema de corrupção envolvendo dirigentes da Fifa. Posteriormente, ele foi extraditado para os Estados Unidos, onde passou cinco meses em prisão antes de pagar fiança de US$ 15 milhões e cumprir prisão domiciliar em Nova Iorque.
Condenado em 2017 pela Justiça americana, Marín foi sentenciado a quatro anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude bancária e formação de organização criminosa. Em 2019, foi banido em caráter definitivo do futebol pelo Comitê de Ética da Fifa, acusado de ter recebido propina.
A morte de Marín encerra a trajetória de uma figura marcada por influência política e esportiva, mas também por escândalos de corrupção que abalaram o futebol mundial.
*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do GC+