A Associação Cearense de Diversidade e Inclusão (Acedi) denunciou ao Ministério Público do Ceará (MPCE) um episódio ocorrido no encerramento do Cerco de Jericó, evento católico realizado em 5 de agosto pela Comunidade Católica Filhos Amados do Céu, em Juazeiro do Norte, na região do Cariri.
Durante a “oração de quebra muralhas”, transmitida ao vivo nas redes sociais, uma assistente do sacerdote citou a homossexualidade e a lesbianidade entre exemplos de “doenças”, ao lado de câncer, depressão, dependência química e prostituição. A fala gerou repercussão e foi repudiada pela Acedi, que classificou o discurso como discriminatório, apontando que ele extrapola a liberdade religiosa e reforça estigmas históricos contra pessoas LGBTQIA+.
No documento enviado ao MPCE, a associação solicitou a apuração dos fatos, a identificação dos envolvidos e a abertura de inquérito policial para responsabilização criminal. A Comunidade Católica Filhos Amados do Céu pediu desculpas pelo episódio e se comprometeu a não repetir a oração. O MPCE confirmou o recebimento da denúncia e informou que o caso será encaminhado a uma promotoria para análise e adoção das medidas cabíveis.
*Da redação do Blog do Farias Júnior, com informações do G1.