O presidente Lula contou neste fim de semana que a decisão dos Estados Unidos de retirar o ministro Alexandre de Moraes da lista de sanções foi tratada por Donald Trump como um "presente de aniversário". A medida foi anunciada na sexta-feira (12), véspera da data em que o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) completou 58 anos. Segundo Lula, a notícia encerra um período de tensão diplomática e devolve a normalidade às relações institucionais entre o Judiciário brasileiro e o governo americano.
Durante o diálogo entre os dois líderes, Lula relatou um momento importante sobre a soberania nacional. Trump teria perguntado se a retirada da punição seria algo "bom para Lula". O presidente brasileiro respondeu prontamente que a questão não era pessoal, mas sim institucional: "Não é bom para mim. É bom para o Brasil e para a democracia brasileira", afirmou Lula, reforçando que a conversa se dava de "nação para nação", e não entre amigos pessoais.
Entenda o caso Alexandre de Moraes havia sido incluído na chamada "Lei Magnitsky" há cerca de cinco meses. Essa norma permite aos EUA bloquear bens e proibir transações financeiras de estrangeiros acusados de violações de direitos humanos. A inclusão do ministro foi uma medida polêmica do governo Trump, motivada por alegações de perseguição política no Brasil. Com a retirada do nome, Moraes recupera o acesso ao sistema financeiro internacional e vê o fim do bloqueio de seus ativos nos Estados Unidos.
*Da redação do Blog do Farias Júnior com Agência Brasil e G1.