sábado, 21 de maio de 2022

Juazeiro do Norte - Padeiro que matou ex-companheira na frente dos filhos é condenado a 23 anos de prisão


A Justiça do Ceará condenou a 23 anos de reclusão em regime inicial fechado o padeiro Severo Manoel Dias Neto por matar a ex-companheira Maria Rosimeire de Santana a tiros, na frente dos dois filhos e da mãe dela na casa onde morava. O julgamento começou na sexta-feira (20) às 7h30 e terminou neste sábado às 5h10.

O julgamento do padeiro tinha sido adiado por nove vezes. O último júri estava marcado para acontecer no último dia 28 de abril. Em fevereiro, Severo Manoel foi solto pela Justiça pelo excesso de prazo da prisão preventiva.

O judiciário explicou na época, por nota, que no dia 28 de abril pela noite foi designado um novo juiz para responder pela vara onde o processo tramita, pois o titular da unidade teria entrado de licença médica. A instituição disse ainda que o juiz substituto não tinha tempo hábil para estudar o caso.

“Nos sentimos muito tristes e totalmente frustrados. Não sabemos mais o que fazer em relação a essa atitude. Cada vez que é remarcado, a gente relembra tudo isso, com muita dor. Nós queremos somente justiça!”, disse Roseane Santana, irmã da vítima.

O crime
O crime aconteceu, por volta das 20h, no conjunto do programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro Brejo Seco. Segundo as investigações da polícia, ele não aceitava o fim do relacionamento.

De acordo com a irmã da vítima, Roselania Santana, a costureira estava sentada na calçada, conversando com os vizinhos, quando percebeu a chegada do ex-marido. Imediatamente, ela correu e se trancou dentro do imóvel. No entanto, Severo arrombou a porta e entrou dentro da casa atirando.

“Não tinha para onde correr para canto nenhum. Depois, ele saiu na maior tranquilidade, com a arma na mão, com sangue frio, e fugiu com um comparsa”, afirma. As duas crianças, de 7 e 12 anos, ao verem o ataque do pai, deitaram-se no chão com medo de também serem alvos. Rosemeire chegou a ser socorrida para o Hospital Regional do Cariri (HRC), mas morreu minutos depois.

*Da redação do BFJ, com G1.