sexta-feira, 27 de maio de 2022

Usina solar no Cariri será braço renovável de joint venture de petroleira britânica


Uma usina solar de 210 megawatts (MW) de capacidade instalada será instalada no Cariri, no Ceará, com investimento de R$ 800 milhões. O projeto faz parte de acordo de comercialização firmado entre a Lightsource bp e a cearense Casa dos Ventos.

É o primeiro projeto do braço de energia renovável da petroleira britânica no Brasil. O negócio também corresponde ao primeiro contrato de comercialização de longo prazo da Casa dos Ventos que não envolve usinas do seu portfólio. A promessa é de 800 empregos diretos na região do Cariri, mas isso para a fase de pico das obras.

O Power Purchase Agreement, ou PPA, contrato de negociação de energia em longo prazo entre as empresas, será para gerar energia por meio da planta solar Milagres e terá duração de 10 anos, sendo o primeiro de longo prazo assinado pela Casa dos Ventos como compradora. O investimento do acordo não foi divulgado.

Construção da usina solar
A obra da planta de Milagres (210MWp), em Abaiara, no Ceará, já foi iniciada e terá duração de 21 meses, com previsão de geração no início de 2024. 
Ao entrar em operação, a empresa frisa que o parque de Milagres reduzirá a emissão de 246.216 toneladas de carbono por ano, o equivalente ao consumo de combustível diesel de mais de 57 mil carros, contribuindo assim para uma matriz limpa e renovável.

Sobre os parques eólicos de sua alçada em construção, a Casa dos Ventos comunica que possui 900 MW que entrarão em operação até o primeiro semestre de 2023.
A companhia também iniciará a construção de mais um complexo de 200 MW este ano para início de operação comercial em 2024. Todos esses ativos tiveram sua comercialização de energia destinada a grandes consumidores em contratos de longo prazo, sendo parte deles na modalidade de autoprodução.

E além da aquisição de energia solar da Lightsource bp, a Casa dos Ventos planeja adicionar 800 MW de capacidade de geração solar ao seu portfólio nos próximos anos.

Destes, 400 MW serão acrescentados aos parques eólicos no Nordeste, tornando-os híbridos. Já a outra metade da potência virá de parques geradores exclusivamente solares implementados no submercado Sudeste/Centro-Oeste.

*Da redação do BFJ, com O Povo.