Ana Jacqueline Braga Mendes - A luta continua
Na fronteira amazônica os conflitos emergem como se já houvesse um lado certo e dominante. Neste cenário, não há um processo de integração de visões de mundo, mas de intolerância e morte.
Refletir as trajetórias de vida e reconhecer nos indivíduos uma luta coletiva é um exercício que expõe os problemas estruturais da democracia brasileira.
O sociológo José de Souza Martins analisa o fato que a modernização da sociedade atravessa as relações tradicionais, transformando-as ou mesmo deslegitimando-as. E neste embate de tempos e espaço, o capital se sobrepoem as escolhas dos homens, provocando novas formas de naturalização das desigualdades e impedindo uma integração emancipatória. Enfatiza que a luta esquecida nas periferias provoca um silêncio coletivo. Os incluídos precariamente tornam-se uma sociedade em paralelo, na qual a sub-humanidade está presente. A presença sente-se nas privações, na ausência de justiça e na formação de estereótipos.
A amazônia chora! O Brasil chora! O mundo chora! O universo chora!
Chico Mendes . Presente!
Doronthy Stang. Presente!
Sebastião Bezerra da Silva . Presente!
José Claúdio Ribeiro da Silva. Presente!
Maria do Espirito Santo da Silva. Presente!
Adelino Ramos. Presente. Presente!
Vanderlei Canuto Leandro. Presente!
Raimundo Santos Rodrigues . Presente!
Nilce "Nicinha" de Souza. Presente!
Rosenildo Pereira de Almeida. Presente!
Dom. Presente!
Bruno. Presente!
E tantos outros ocultos na história!
E a alma chora!
Jacqueline Braga