quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Cientistas desenvolvem adesivo que pode permitir ultrassom via celular

(foto: Diana Polekhina/Unsplash

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram adesivo capaz de realizar ultrassom. De acordo com informações de artigo publicado pela revista científica "Science", publicadas nessa quinta-feira, 28, o dispositivo funciona com a aderência na pele. Após a ativação, o item fornece imagens nítidas do coração, pulmões e outros órgãos internos por 48 horas.          


Os adesivos foram testados em voluntários e, de acordo com os resultados apresentados no artigo, foi comprovado que os dispositivos forneciam imagens em alta resolução dos principais vasos sanguíneos e órgãos mais profundos. Além disso, os itens também apresentaram forte adesão e, ainda, conseguiram registrar mudanças nos órgãos dos voluntários, à medida que eles realizavam atividades como sentar, ficar em pé e correr.


A parte adesiva do dispositivo é feita de duas camadas finas de elastômero, que contam com uma faixa intermediária de hidrogel sólido, material principalmente à base de água e que transmite facilmente as ondas sonoras. Segundo o artigo, o elastômero evita a desidratação do hidrogel. Somente quando o hidrogel é altamente hidratado as ondas acústicas podem penetrar efetivamente e fornecer imagens de alta resolução dos órgãos internos                            

    

Os dispositivos já podem ser aplicados em pacientes em hospitais, de forma semelhante aos adesivos utilizados em eletrocardiogramas de monitoramento cardíaco. Com a invenção, não é necessário a presença de um técnico.


Ultrassom por celular

Atualmente, as pesquisas se concentram na adaptação dos dispositivos para uso sem fio. Desta forma, será possível a utilização dos adesivos em casa, além disso, a compra dos materiais poderia ser realizada em farmácias.


Conforme os pesquisadores, os adesivos se comunicariam com o celular, onde algoritmos de Inteligência Artificial (IA) analisariam as imagens. "A ferramenta de imagem de ultrassom wearable (vestível) teria um enorme potencial no futuro do diagnóstico clínico. No entanto, a resolução e a duração da imagem dos adesivos existentes são relativamente baixas e não podem visualizar órgãos profundos", explica o artigo.


Além do adesivo capaz de fazer ultrassom, os cientistas também estão desenvolvendo algoritmos de software baseados em Inteligência Artificial. A expectativa é que a tecnologia faça a interpretação e um melhor diagnóstico com as imagens desse dispositivo.

 


*Da redação do BFJR com O POVO.