O governo federal deve passar por uma significativa reestruturação em sua equipe de primeiro escalão nos próximos meses. Com a aproximação das Eleições Gerais de 2026, a expectativa é que cerca de 23 ministros deixem seus cargos na Esplanada para concorrer a vagas nos governos estaduais, Senado e Câmara dos Deputados.
A mudança não é atípica: trata-se do cumprimento do prazo de desincompatibilização. Pela Lei Eleitoral, ocupantes de cargos no Poder Executivo que desejam disputar o pleito devem se afastar de suas funções seis meses antes da votação, ou seja, até o início de abril de 2026.
Entre os nomes de maior destaque nessa transição está o do Ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Segundo informações de bastidores em Brasília, o ex-governador cearense está de "sobreaviso" para definir seu futuro político.
Dada sua alta aprovação e influência política, Camilo é considerado peça fundamental para o Partido dos Trabalhadores, tanto para fortalecer o palanque no Ceará quanto para auxiliar na coordenação da campanha nacional no Nordeste. Sua saída do MEC, portanto, deve ocorrer dentro do prazo legal para que ele esteja apto a assumir novas missões eleitorais.
Com as saídas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar novos nomes para as pastas, garantindo a continuidade das políticas públicas no último ano do mandato. A tendência é que os substitutos mantenham o alinhamento com os projetos em andamento ou possuam perfis técnicos para finalizar a gestão.
*Da redação do Blog do Farias Júnior com O POVO.