terça-feira, 3 de outubro de 2017

Ceará acumula 60% dos casos de chikungunya

O Ceará acumula, em 2017, o pior índice de incidência de casos prováveis de chikungunya entre todos os estados brasileiros, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, na última sexta (29): são 1.187,4 casos a cada 100 mil habitantes, quase o dobro de Roraima, que aparece em segundo, com 673,2 casos por 100 mil habitantes. 
 
Conforme o último boletim da Pasta, já foram notificados 106.435 casos suspeitos de chikungunya em todo o Estado. 

O número corresponde a 60% de todos os 171.930 casos prováveis registrados em todo o País.O boletim do Ministério da Saúde aponta ainda três cidades cearenses com grande incidência da doença. Dentre os municípios com menos de 100 mil habitantes, Jaguaribara tem incidência de 1.053,6 casos a cada 100 mil habitantes. Itapipoca tem a maior incidência dentre as cidades com até 500 mil habitantes, com 1.038,5 casos por 100 mil pessoas.

Já a Capital tem a maior incidência dentre as cidades com mais de um milhão de habitantes: são 2.154,9 casos prováveis para cada grupo de 100 mil. Após as devidas análises, 82.017 casos de chikungunya foram confirmados no Ceará, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesa).Quanto à dengue, o Estado fica em segundo no País, registrando 484,4 casos/100 mil habitantes, atrás apenas de Goiás, que tem 810,2 casos/100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde.

Além disso, as unidades de saúde cearenses informaram 73.252 casos suspeitos da doença; 20.884 evoluíram para confirmações, conforme o boletim da Sesa.Para auxiliar no combate às arboviroses, os municípios do Estado receberam duas parcelas de uma verba de R$7,5 milhões destinada pelo Ministério. A primeira, de R$4,5 milhões, foi liberada em janeiro.

Os R$3 milhões restantes deveriam ser liberados só agora, em outubro, mas foram repassados de forma antecipada em junho, considerando a "tendência crescente de casos notificados e a necessidade de intensificação de ações de controle vetorial e com isso mitigar o impacto da epidemia na população acometida".Segundo o Ministério, o repasse das verbas da segunda parcela estaria condicionado à realização do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) em cidades com mais de dois mil imóveis; do Levantamento de Índice Amostral (LIA), em municípios com menos de dois mil imóveis, ou do monitoramento por ovitrampa ou larvitrampa na cidades sem infestação do mosquito.

Em nota, o órgão nacional afirmou que todas as cidades "cumpriram os critérios estabelecidos".

Fonte: Diário do Nordeste.