Qual seria a receita?
Esta semana nos deparamos com mais uma noticia estarrecedora: “onze balas na escola calam crianças em Goiás e deixam país em luto”.
Fico realmente chocada em ver noticias deste porte. Não é comum e nunca será! Principalmente por acontecer no solo sagrado da escola.
Fico a refletir sobre tudo isso. Dói a alma. Mas é necessário e urgente ! É necessário reavaliarmos tudo que está acontecendo a nossa volta.
Inicio com a questão que o fato aconteceu numa escola de classe média alta, assim afirmam os tabloides. Então isso significa que o fato em si não está ligado a situação econômica social. Vai muito além. E realmente é isto que preocupa. Onde estará o X da questão?
Um pré- adolescente que aparentava normalidade, de uma família, pelos padrões estruturada e uma escola que atendia uma demanda privilegiada nos moldes Brasil.
Segundo o aluno, mentor da chacina, se inspirou em duas tragédias: no colégio Columbia (1999) e no colégio Realengo(2011) e ainda afirmou que o que o levou a tal loucura foi bullying, palavra advinda do estrangeirismo, tão apreciada por nós brasileiros, que quer dizer “valentão”. A expressão denota a todas as formas de atitudes agressivas verbais ou físicas, intencionais ou repetitivas com o objetivo de intimidar ou agredir. É mais ou menos isso!
Volto ao tempo e relembro com certo saudosismo da minha sala de aula. Todos tinham apelidos . E rotineiramente éramos expostos a isso, sem maiores consequências. E aceitávamos como brincadeira de criança, adolescente.
Sinto que nos últimos tempos tudo tem sido levado a ferro e fogo. Para tudo dar-se nomes:
Bullying, teorias de gêneros, racismo, preconceito. Não estou querendo afirmar que não devemos refletir sobre estes fatos. Só acredito que temos que colocar mais leveza , mais prudência em tudo que se diz e é veiculado pelas mídias.
Se este jovem, com apenas 14 anos , se dispôs a pesquisar sobre tragédias acontecidas há anos atrás, 1999 e 2011, nos faz acreditar que o bullying não foi a raiz da questão. Apenas a gota dágua numa mente que já pedia socorro.
Por isto mesmo teimo em perseguir pela busca do olhar o outro e vê-lo, de senti-lo. De buscar através dos gestos os pedidos ocultos de socorro, dos apelos escondidos no silêncio, no isolamento, na agressividade, na falta de estimulo, no querer aparecer.
Há coisas que estão além da nossa compreensão... e uma delas é a mente humana. Como se comporta este entrelaçados de neurônios que dar versão ao que verdadeiramente somos.
Há tantas perguntas para poucas respostas! E venho me debruçando há algum tempo sobre estas questões!
Rousseau afirma que o homem é bom por natureza e a sociedade o corrompe. Já para o filosofo inglês Hobbes o homem é essencialmente mal. Prefiro acreditar na primeira assertiva.
Sigmund Freud afirma que a psicanalise, é em essência uma cura pelo amor. E ele continua, em última analise precisamos amar para não adoecer
Jesus nos exorta a praticarmos o amor verdadeiro: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. (...) Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (...) Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.
Neste contexto de afirmações percebemos claramente a receita para todos os males da mente: o amor!
Encerremos nossa semana pensando seriamente sobre tudo isso!
Amor Vincit Omnia!!!
(O amor vence todas as coisas)
Ana Jacqueline Braga MendesSecretária da Educação Básica de Brejo Santo
A autora
Ana Jacqueline Braga Mendes é especialista em administração educacional pela Universidade Salgado de Oliveira - RJ, especialista em gestão escolar pela Universidade Estadual do Ceará, graduada em geografia pela Universidade Regional do Cariri.
Atuou como:
Professora Concursada do Estado do Ceará
Coordenadora Pedagógica do Educandário Aurélio Buarque
Professora Colaboradora da Universidade Regional do Cariri - URCA
Professora Colaboradora da Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN
Orientadora de Monografias
Supervisora da Coordenadoria Regional de Ensino - CREDE 20 no Núcleo de Desenvolvimento de Ensino – Responsável pelas escolas da rede estadual que compõem os 10 municípios da CREDE 20.
Secretária executiva da educação do município de Brejo Santo – CE.