O projeto Carolina de Jesus, da Escola Estadual de Educação Profissional
(EEEP) Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau, localizada em Crato,
ganhou mais uma premiação.
Ficou em 1º lugar na categoria Linguística,
Letras e Artes, da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia, realizada
em Recife/Pe, de 19 a 23 de setembro .
Por isso, ficou
credenciada para a XV MILSET EXPO SCIENCE AMLAT (Movimento Internacional
de Atividades de Lazer em Ciência e Tecnologia), em Antofagasta, no
Chile, prevista para acontecer em setembro de 2018.
A pesquisa foi desenvolvida pelos alunos Pedro Lucas Juvino e João Victor Alves Pinheiro, com o objetivo de resgatar a vida e a obra de umas das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil. O trabalho recebeu, ainda, o Prêmio de Projeto de Pesquisa Destaque Geral no evento, além de um convite para publicação em revista científica internacional, e do Mérito de inserção de obras de Carolina de Jesus na bibliografia do Mestrado em Inclusão Social da Faculdade Integrada de Pernambuco (Facipe).
O aluno Pedro Lucas explica o que aprendeu com o trabalho durante a
pesquisa. “Falar de Carolina é, em parte, falar da minha própria
história, pois como aluno negro e de escola pública, pude crescer junto
com o nosso projeto, fazendo, a exemplo dessa mulher, uma verdadeira
mudança pessoal e social”, lembra.
Conforme o diretor da EEEP, José Roberto de Oliveira, a pesquisa
empreendida pelos alunos tem caráter interdisciplinar, perpassando as
áreas da filosofia, sociologia, antropologia, literatura, comunicação e
dos estudos culturais. “É, sem dúvida, um trabalho de relevante
contribuição para o campo das ciências sociais, abordando questões
relacionadas a gênero, cultura e sociedade”, frisa o gestor.
Em 2016, o projeto participou do Ceará Científico, ação promovida pelo
Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação, que reúne ideias
inovadoras de estudantes de todo o estado, em diversas áreas do
conhecimento, contemplando múltiplas formas de expressão. O trabalho dos
estudantes ficou em 1º lugar na categoria Linguagens. Também recebeu o
prêmio de melhor apresentação, conferido pela Associação Brasileira de
Incentivo à Ciência e Tecnologia (Abritec).
Sobre Carolina de Jesus
Sobre Carolina de Jesus
A escritora viveu boa parte da sua vida na favela do Canindé, em São
Paulo, sobrevivendo como catadora de papéis. Em 1960, graças à ajuda de
um jornalista, conseguiu publicar seus escritos sob o nome “Quarto de
despejo: diário de uma favelada”, que de acordo com a pesquisa dos
estudantes, expõe as mazelas de um contexto social excludente e
segregador.
Fonte: Flavio Pinto News