A PAZ
Hoje comecei a refletir sobre o que Dalai Lama, afirma: Nós nunca podemos obter a paz no mundo exterior até que façamos a paz com nós mesmos.
A existência humana clama por paz. E a maioria dos seres humanos buscam a paz no mundo exterior.
Muitas vezes acreditamos que a paz está sendo perturbada pelas guerras, revoltas, pelos agentes governamentais. Imaginamos que há algo a consertar no mundo, e se consertarmos encontraremos a tão almejada paz.
Fico a me perguntar o que tira nossa paz? Vivemos sempre à busca de nos satisfazermos materialmente, todos querem levar vantagem, ninguém quer perder, todos querem ser fortes, dominantes. Vivemos num mundo perverso, onde a ganância comanda a grande maioria das relações.
Será que o mundo deve ser sempre assim? Como buscar outros caminhos que nos levem a verdadeira paz?
Muitas vezes, no silêncio estamos em guerra, e na agitação estamos em paz. Um tanto paradoxo. Mas acontece.
Então certamente a paz vai além do silêncio, vai além dos sons.
Fico a refletir sobre tantas vezes que me encontro atribulada, com preocupações, mas o meio coração transborda de paz. Em contrapartida, as vezes estou sem problemas, tranquila, mas não sinto paz.
Satish Kumar, afirma que paz interior é um estado mental no qual você diz a si mesmo que é parte do universo – e o universo trabalha sob os princípios da harmonia. Então o mundo interior precisa alimentar esta harmonia para que o mundo exterior possa vivenciar a verdadeira paz.
A monja Coen em um dos seus discursos pela paz, nos exorta:
Há quem diga que as religiões criam guerras.
Se forem verdadeiras não as criarão. Ao contrário, criarão soluções de não violência e respeito, de amor ao que é de direito.
Vamos nos unir criando com nossas vidas uma rede de bem. Que cubra toda a terra.
Vamos criar essa teia de percepção verdadeira. Relembrar.
Relembrar o verdadeiro.
Estamos todos ligados. Interconectados.
Corpo e mente não são dois.
Imagem, reflexo e semelhança.
Vista a camisa da Cultura de Paz.
Substitua Guevara por Gandhi.
Re aprenda a querer bem, a mudar, sem ter de matar ou morrer.
E Gilberto Gil poetisa:
A paz invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais.
Por uma humanidade melhor!
Carpe Diem!
Jacqueline Braga.