BOHEMIAN RHAPSODY .
Sábado foi o dia que escolhemos para assistirmos o filme do Queen, BOHEMIAN RHAPSODY .
E assim fomos as cinco irmãs, preparadas para relembrar músicas que marcaram a nossa juventude. Umas mais, outras nem tanto. Eu, Normélia e Adriana como temos uma pequena diferença de idade pudemos dividir as memórias que não eram poucas.
Já tinha ouvido muitos comentários sobre o filme, mas nenhum bateu com o que senti.
Foi realmente uma viagem ao passado e me remeteu a muitas reflexões.
O Queen era nossa banda preferida. Erámos fãs de carteirinha. Mas não entendia muito bem como aquelas notas musicais já nos tocava profundamente, mesmo sem entender o contexto das músicas.
Com o filme pude compreender porque algumas músicas se assemelham a língua dos anjos.
A maioria dos que estavam assistindo o filme não continham as lágrimas. Foi algo surpreendente.
Não consegui me deter em algumas críticas ao filme. A profundidade dos sentimentos me levou a questões bem mais relevantes.
Sempre que ouvia Bohemian Rhapsody sentia uma vontade imensa de chorar. No filme pude perceber que era um grito de alerta do cantor Fred Mercury a sua mãe quando descobre sua bissexualidade: Mama! Didn’t mean to make yuo cry ( Mamãe ! Oh ! Não foi minha intenção fazê-la chorar..).
Quando escuto Love of my live ( Amor da minha vida) meu coração se deixa levar pelas notas da canção que chegam até a alma como uma declaração de amor. E é isso mesmo, uma linda declaração de amor do vocalista Fred ao seu grande amor.
Will rock you (Nós vamos sacudir você) com as batidas de mãos e pés ao compasso do coração, me faz ser mais consciente da força do amor, que resgatou uma grande lenda do rock, envolvido pela fama e pelas drogas. Apesar de muitos entenderem que esse resgate foi tardio, para mim não foi.
As consequências de uma vida sem a família e os verdadeiros amigos, resultou em contrair a AIDS, mas o que ficou foi o encontrar-se a si mesmo, o aceitar-se como era através do amor incondicional da família e amigos.
We are champions (Nós somos os campeões) pela força do amor.
Angelus Silésius, místico medieval, compara o amor a uma rosa: “A rosa não tem ‘porquês’. Ela floresce porque floresce.
Drummond afirma: Eu te amo porque te amo…” – sem razões… “Não precisas ser amante, e nem sempre saber sê-lo”.
E concluo com Coríntios: Ainda que falasse a língua dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
Agora pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor!
Por uma humanidade melhor!
Jacqueline Braga