Autocrítica
Dezembro, fim de ano, Natal, e a proximidade de um novo ano, de fazer ou de refazer. O clima é de empatia, solidariedade e doação. É de irmandade. E isso é bom, muito bom, desde que haja em nós a capacidade da autocrítica, da qual extraímos o que há em nós de qualidades e de defeitos, de erros e acertos em nossas ações, do que precisa ser mantido ou descartado de nós.
É fácil julgarmos e avaliarmos as ações alheias, percebermos onde os outros erram, e onde precisam acertar, o que tem faltado no caráter alheio. Mas se há uma coisa que achamos difícil, ou não costumamos fazer é nos autocriticar, pois da maneira que ela seja utilizada, é capaz de provocar em nós incômodos bons ou ruins, visto que a autocrítica nos possibilita um encontro com as próprias ações.
O processo de autocrítica relaciona-se ao autoconhecimento, portanto é a partir do momento que somos capazes de avaliarmos a si mesmos é que podemos encontrar um caminho favorável à mudança ou melhoramento do que nós somos. Os erros também proporcionam aprendizagem. É quando passamos a aprender com nossos erros, que somos capazes de transformar quem somos, mudar, e alcançamos o amadurecimento pessoal.
Como “tudo demais é veneno”, a autocrítica também precisa ser ponderada. Não precisamos viver atrelados aos nossos erros, compreendendo-os como uma constante na vida. A autocrítica precisa ser utilizada como mecanismo de desenvolvimento do amadurecimento e de crescimento enquanto ser humano, na relação com os outros, e consigo mesmo.
Que o clima do Natal e do Ano Novo desperte em nós a capacidade do encontro consigo, do desenvolvimento do autoconhecimento, e do aprimoramento. O ser que conhece a si mesmo identifica seus limites e suas potencialidades, e a partir daí reavalia e refaz os rumos de sua jornada existencial.
Pense nisso! Uma ótima semana. Até a próxima.
David Junior
Psicólogo
