quinta-feira, 16 de maio de 2019

COLUNA DO POETA ACRÍSIO PEREIRA - O Sertanejo


 O Sertanejo 
 


Mês de Maio é também
Dedicado ao sertanejo
Dia três é o seu dia
De esperança e desejo
Nas ribanceiras da serra
Esse é o homem da terra
Do trabalho e do traquejo.

 
O sertanejo não quer
Saber de código e de senha
A sua vida é no campo
Brocando e lascando lenha
Amansando burro brabo,
Pegando boi pelo rabo,
Dentro de serrado e brenha.
 
O sertanejo é quem é
Forte, desposto e robusto
Sua história é testemunha
De quem nuca teve susto
Com nada ele se espanta
Broca o mato, queima e planta
Trabalha em busca do fruto.
 
O sertanejo é um homem
De inestimável valor
Seja preto ou seja branco
Pobre ou rico, agricultor
Do sertão ou do nordeste,
Norte, sul, leste e oeste
É um nobre trabalhador.
 
Sertanejo vive mais
Do trabalho pra palhoça
De costume e tradição
De pés rústicos e mão grossa
Numa vida de bravura
Um herói da agricultura
Um exclusivo da roça.
 
Sertanejo é por comum
Um grande conservador
Para ele prevalece
Fé, esperança e amor
Já disse Euclides da Cunha
Esse homem é testemunha
Do trabalho com vigor.
 
Poeta: Acrísio Pereira
Brejo Santo-Ce
15/05/2019