quinta-feira, 30 de abril de 2020

Ceará - Respiradores têm diferentes características, modelos e valores; entenda.

A Antifake CE, uma agência oficial para checagem de dados e estabelecimento da verdade em temas ligados à administração pública estadual, tomou junto ao engenheiro clínico Eduardo Navarro explicação técnica sobre  a aquisição de ventiladores para as UTIs da rede de saúde cearense, em especial para os voltados para pacientes com Covid-19.

Existem, basicamente, dois tipos de ventiladores; os utilizados a beira leito, que apresentam capacidade para uso contínuo mais adequado e uma maior capacidade técnica de recursos ventilatórios, e os ventiladores de transporte, que são menos robustos.

Em pacientes com patologias pulmonares essa diferença ganha proporção fundamental, porque permite uma ventilação mais adequada às necessidades do paciente de expansibilidade pulmonar alinhada a problemas de baixa complacência. Existem situações e características para determinados tipos de pacientes que os ventiladores de transportes são muitas vezes inadequados, como no caso de pacientes obesos, que podem apresentar dificuldade de manter a expansão pulmonar adequada.
O VG 70, modelo adquirido pelo Ceará, é um ventilador de última geração. Utiliza tecnologia de turbina que dispensa a necessidade de rede de ar medicinal. É uma grande vantagem que pode facilitar a possibilidade de expansão do uso de ventilador nas redes de gases atuais, sem necessidade de alteração de compressor de ar medicinal instalado, possui sensor de fluxo integrado reduzindo a necessidade aquisição deste insumo, diferentemente da maior parte dos ventiladores, permitindo uma economia continua. Além disso, tem uma válvula exalatória de metal, que confere menor risco de quebra por apresentar maior robustez. Em relação aos modos ventilatórios, tem a possibilidade de modos inovadores que em alguns pacientes permitem benefícios como o uso do PRVC (ventilação de duplo controle de ciclo a ciclo).

Muitos dos ventiladores do mercado são modelos bem mais básicos, que necessitam de rede de ar medicinal instalada, reposição constante de sensor de fluxo, e uma válvula exalatória convencional de baixa durabilidade. Em suma, comparar diferentes equipamentos é complexo. A mera avaliação financeira pode encobrir uma relevante diferença na qualidade dos diferentes materiais.

*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do ASCOM GOV CE.
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