segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Cura do Coronavírus - Rússia anuncia primeiro lote de vacinas para setembro.

O ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, anunciou nesta segunda-feira, 31, que a entrega do primeiro lote da vacina para Covid-19 "Sputnik V", aprovada pelo país este mês, está prevista para setembro. A vacina é alvo da desconfiança da comunidade científica pela ausência de publicações sobre resultados das fases de testes ou técnicas de produção.

Conforme informações do G1, Murashko afirmou que a vacinação em massa, programada para começar em outubro, dará prioridade a profissionais de saúde e professores, mas será voluntária. O ministro informou ainda que a produção da vacina caminha paralelamente ao monitoramento, pós-registro, da eficácia da imunização.

Os testes de fase 3 da vacina foram anunciados na semana passada pelo Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), que coordena a produção da imunização. Nesta etapa, em que a eficácia e a segurança de uma vacina são testadas em larga escala (normalmente com milhares de voluntários), haverá 40 mil participantes, segundo o RDIF.

De acordo com o jornal "The Moscow Times", Murashko disse que cerca de 2,5 mil de 40 mil voluntários já foram recrutados para os ensaios de fase 3. Além da Rússia, outros 5 países devem participar dos testes, informou o RDIF, mas o fundo não informou quais são eles e nem quantos voluntários cada país terá.

No dia 11 de agosto, a Rússia se tornou o primeiro país no mundo a aprovar uma vacina contra a Covid-19. Contudo, a comunidade internacional criticou o anúncio, pois não foram publicados estudos que mostrassem a eficácia da vacina.

O país rejeitou as preocupações e divulgou, no dia seguinte, que começaria a vacinar médicos dali a duas semanas. De acordo com o governo russo, ao menos 20 países solicitaram mais de 1 bilhão de doses da Sputnik V, apesar das preocupações com a segurança.

A vacina deve entrar em circulação civil em 1º de janeiro de 2021, conforme um certificado de registro no site do Ministério da Saúde russo, apurou o "The Moscow Times".

*Da redação do Blog do Farias Júnior, com O Povo.
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