sábado, 15 de agosto de 2020

Na região do Cariri, praga ameaça safra de mandioca.

O Maior produtor de mandioca do Estado com 12 mil hectares do tubérculo plantados e mais de 100 casas de farinha, Salitre vê sua safra de 2021 ameaçada por uma praga até então desconhecida pelos seus moradores. Alguns agricultores temem perder 60% de sua produção. O problema foi identificado há aproximadamente cinco meses quando a mandioca, sobretudo do tipo “pretinha”, espécie mais comum da região, que foi plantada em 2020 para ser colhida no próximo ano, começou a secar. Ao ver as folhas caindo, intrigados, os agricultores descobriram uma larva dentro da rama, conforme descreve o agricultor Francisco Auricélio Albuquerque.


A pedido do Sistema Verdes Mares, o agrônomo Rudiney Ringenberg, doutor em Entomologia e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura, identificou que se trata da broca-da-haste (pappista granicollis), uma espécie de besouro que perfura a rama de cima para baixo, põe seus ovos e gera a larva que ataca a parte interna da planta.

O inseto é classificado como uma praga secundária da mandioca, já que não ocorre todo o ano, mas eventualmente por alguma condição ambiental. “No Nordeste é bastante comum”, ressalta.

Com um aparelho bucal em formato de bico, o inseto consegue fazer a inserção na haste da mandioca e depositar seus ovos. A espécie adulta não chega a prejudicar o mandiocal, mas a larva se alimenta da parte interna da maniva.

“Onde começa a se alimentar, seca a planta. Pode ser no ramo, na metade ou planta inteira. Quanto mais próximo ao solo, maior será o prejuízo”, completa Rudiney.

*Da redação do Blog do Farias Júnior, com Mais FM.
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