terça-feira, 20 de outubro de 2020

Ceará projeta produzir mais de 5 GW em energia eólica offshore nos próximos cinco anos


O Ceará desponta como um grande produtor e fornecedor de equipamentos para usinas de energia eólica offshore para os próximos anos. Após assinatura do memorando de entendimento entre o Governo do Estado do Ceará e a chinesa Mingyang Smart Energy, em setembro deste ano, a instalação de uma grande indústria de aerogeradores para parques eólicos dentro do oceano, avança a passos largos.

Esta semana, o vice presidente da multinacional chinesa, Larry Wang, retornou ao Ceará para definir detalhes da instalação da fábrica no Complexo do Pecém. Nesta segunda-feira (19), Mr. Larry foi recebido pelo secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, e pela secretária executiva da Indústria, Roseane Medeiros. O vice-presidente acompanhado do gerente regional da Mingyang, Ben Gao, ressaltou a intenção do grupo chinês em transformar o Porto do Pecém em um hub de exportações de equipamentos para usinas de energia eólica offshore tanto para o Brasil e exterior.

“Nós, do Governo do Estado, estamos trabalhando de forma ágil e com o compromisso de criar condições para atrair empresas que produzem energias renováveis para o Ceará. Nos comprometemos em fornecer todo o apoio insitucional para que o projeto da Mingyang seja consolidado. Estamos muito felizes e entusiamados para estabelecer essa matriz de energia limpa no Ceará e no Brasil”, afirmou o titular da Sedet, Maia Júnior.

Para se instalar no Ceará, a empresa levou em consideração fatores como localização geográfica, que assegura potencial para a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, e a infraestrutura do Porto do Pecém. A Sedet está apoiando institucionalmente a viabilização da construção de uma torre de testes da multinacional chinesa. “A empresa já produz e fornece turbinas e pás eólicas para parques offshore na China e quer entender quais são as condições do vento no nosso litoral”, afirmou o coordenador de Atração de Empreendimentos Industriais Estruturantes da Sedet, Sérgio Araújo.



Projetos Offshore

Enquanto Mingyang decide detalhes da instalação da unidade fabril no Pecém, os projetos de geração de energia eólica offshore ganham ânimo. Empresários locais e internacionais caminham para viabilizar a instalação de 4 parques eólicos aproveitando a força do vento que sopra no mar, em Caucaia (1), Camocim (1) e Amontada (2).

O projeto do Complexo Eólico Marítimo Asa Branca deve produzir 400 MW no litoral do município de Amontada, em área com 15 km de frente ao continente, a uma distância entre 3 km e 8 km da praia. O empreendimento terá uma Linha de Transmissão própria e prevê o uso de navios-plataforma auto elevatórios de baixo calado para instalar as fundações, peças de transição, torres, naceles, pás, cabos de controle/elétricos submarinos e o enrocamento em torno das fundações.

A BI Energy tem projetos para instalação de parques offshore em Caucaia e Camocim. Em Caucaia, na praia do Icaraí, o parque contará com 48 turbinas offshore e 11 turbinas semi-offshore, num total de 598MW de potência. Em Camocim, o segundo projeto eólico offshore da BI Energia terá 100 aerogeradores e capacidade instalada de 1,2 GW. O parque recebeu autorização do Ibama para elaborar estudo de impacto ambiental e prevê um investimento de R$ 14 bilhões.

A Neoenergia, um dos principais grupos privados do setor elétrico, também está de olho nas oportunidades do potencial eólico offshore cearense. A companhia está desenvolvendo estudos preliminares e iniciou o licenciamento junto ao Ibama do parque em Amontada que vai produzir 3GW com linha de transmissão e uma subestação em terra.


*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do Governo do Estado do Ceará.


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