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Foto: CNI/José Paulo Lacerda |
Já na comparação com dezembro de 2019, na série sem ajuste sazonal, a indústria cearense saltou 17,7%, estando entre 13 dos 15 locais pesquisados com resultados positivos em dezembro.
As informações foram consolidadas pela última Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-REG) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgada nesta terça-feira, 9. Os dados expressam um alento para o setor que no segundo trimestre do ano passado apresentou queda de 42% na produção, maior redução do País no período.
Após o recuo expressivo, o retorno ao ritmo produtivo no Ceará se mostrou eficiente e o Estado acumulou, em dezembro, o segundo melhor rendimento do Brasil, com alta de 4,7%, ficando atrás apenas do Espírito Santo, com 5,4%. Para o último mês de dezembro, a média nacional ficou em 0,9%.
Mas mesmo em recuperação, ainda há impactos do fechamento temporário de parte do setor durante as medidas mais restritivas que buscaram desacelerar a disseminação do novo coronavírus. No comparativo entre o acumulado da produção industrial cearense em 2020 e em 2019, o Estado teve uma redução de 6,3%, a segunda maior do País. Queda influenciada principalmente pela diminuição da produção de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados e também da confecção.
Os prejuízos, porém, podem ser revertidos ainda neste ano, já que a tendência positiva, segundo estimativas do IBGE, pode se manter pelos próximos meses. A pesquisa classifica o Ceará entre os doze estados brasileiros que apresentaram mais rápida resposta de reversão da série de queda registrada em decorrência da pandemia de Covid-19.
Dentre os setores da indústria que mais influenciaram na retomada estão a fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para o setor de transporte); de bens intermediários (siderurgia e indústria da construção civil); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos); e de bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, vestuário, produtos têxteis).
*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do O POVO. Para acessar a matéria original clique aqui.