sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Segundo pesquisadores da UFC, Ceará tem vírus mutante desde julho.


Pesquisadores da Central de Genômica e Bioinformática (www.CeGenBio.ufc.br) do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC detectaram a mutação D614G do vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, em amostras circulantes no Ceará.

Foram analisadas amostras coletadas de julho a dezembro de 2020 e todas elas possuem a mutação.

Essa é uma importante alteração genética que resulta na substituição do aminoácido Ácido aspártico por Glicina na posição 614 da proteína Spike (S) na superfície do vírus (D614G). Essa mutação está associada à linhagem B.1 do SARS-CoV-2, que atualmente domina a pandemia global, com base nas sequências do genoma SARS-CoV-2 compartilhadas via GISAID.

A importância dessa mutação D614G reside no fato de que estudos recentes sugerem que a cepa D614G altera a conformação de ligação ao receptor, de modo que a ligação com o receptor e a fusão com a célula são mais prováveis de acontecer. A replicação aprimorada no trato respiratório superior e a transmissão acelerada da variante 614G foram demonstradas em modelos animais de infecção por SARS-CoV-2.

*Da redação do Blog do Farias Júnior, com O Povo +.