sábado, 6 de março de 2021

Nova variação da covid-19 ataca jovens, muda prevenção e até como tratar.


No início, o novo coronavírus tinha nos idosos acima de 60 anos o grupo mais vulnerável à doença. Um ano depois do início da pandemia, agora é a vez dos mais jovens serem afetados mais duramente. A explicação está na evolução do vírus, mais agressivo e transmissível do que antes.

Especialistas ouvidos pelo UOL detalham como a falta de combate real à proliferação da covid-19 pelo país fez com que a doença ganhasse força. Não apenas em seu formato inicial, mas —e principalmente— pela nova cepa originária do Amazonas.

Na sexta, o Brasil registrou 1.760 pessoas pela pandemia em 24 horas e fechou a semana com recorde de óbitos.

Rodrigo Molina, médico consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica que as variantes tornam o vírus mais potente. Assim, afetam também populações antes consideradas protegidas de contaminação ou da mortalidade, caso infectadas, como jovens e adultos entre 18 e 50 anos sem comorbidades.

"Os mais jovens estão circulando mais, quebrando as quarentenas e todas as medidas de segurança que orientamos. Com a cepa evoluída, uma pessoa transmite para muito mais gente. Por isso jovens são a população mais exposta agora", analisa.

Ainda não há estudos suficientes para apontar maior mortalidade causada pela cepa brasileira, como explica Sérgio Cimerman. Médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e diretor científico da SBI, ele alerta como a maior transmissão impacta o sistema de saúde.

*Da redação do BFJR, com UOL.