domingo, 24 de abril de 2022

Em quatro anos, mais de 1,4 mil casos de meningite foram registrados no Ceará

Foto: Ascom/SMS

O Ceará contabiliza, de 2018 até a primeira semana de março deste ano, 1.458 casos confirmados de meningite no estado. A maior taxa de incidência dos casos foi registrada em 2019, sendo 5,8 casos por 100 mil habitantes, conforme traz o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do estado (Sesa).


Neste domingo (24), é datado o Dia Mundial de Combate à Meningite, para reforçar à população sobre a prevenção contra a doença. A enfermidade tem como sintomas febre, vômito em jato, cefaleia, convulsões, manchas vermelhas pelo corpo, dor e rigidez na nuca, podendo levar à morte.


Em 2022, até o dia 5 de março, o Ceará confirmou 26 casos, sem mortes. Porém, desde 2018 até o fim de 2021, foram 136 óbitos em razão da doença. Cumprir o calendário vacinal é uma das condutas mais eficazes para evitar a meningite, conforme explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep) da Sesa, Vilani Matos.


"Manter o cartão de vacina atualizado é indispensável. De forma geral, a vacinação de rotina é muito importante para reduzir a incidência de doenças evitáveis. Os postos de saúde dos 184 municípios cearenses estão disponíveis para acolher essa demanda", diz.


Veja abaixo mais informações sobre a meningite.


O que é a meningite?

É uma doença que pode ser desencadeada por vírus, bactérias, fungos e protozoários, segundo a Secretaria da Saúde. A meningite impõe relevantes desafios à saúde pública em virtude, sobretudo, do risco de surtos. Por isso, é importante que as pessoas estejam devidamente vacinadas.


Contágio

A transmissibilidade da doença acontece, principalmente, através do contato com as secreções respiratórias de um paciente contaminado.


Coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde, Vilani Matos afirma que pessoas assintomáticas "são potenciais agentes disseminadores".


Doença em bebês

Em crianças com idade inferior a 1 ano, os sintomas podem não ser tão evidentes. Vilani alerta para que os pais fiquem atentos aos sinais de irritabilidade, como choro persistente, além de abaulamento de fontanela (uma protuberância na moleira do bebê) e recusa alimentar.


Ajuda médica

Pessoas que apresentarem sintomas da meningite devem procurar uma unidade de saúde mais próxima para receber atendimento médico. Em casos mais complexos, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionam 24h por dia para acolher a demanda espontânea.


"Para evitar complicações, o cuidado precoce é um fator diferencial. Após a primeira avaliação, caso seja identificada a suspeita do diagnóstico, o paciente será encaminhado a um equipamento de referência. O tratamento é realizado com medicamentos específicos para cada tipo de agente causador", orienta Vilani.


*Da redação do BFJR com g1.