Você é usuário das redes sociais?
Certamente a resposta é SIM, a maioria das pessoas utilizam plataformas na internet para interagirem entre se e mostrar um pouco de suas vidas e suas ideias.
A cada ano visualizamos a uma "queda" do Facebook, pois a mesma teria como ideia principal ser uma plataforma de textos e discussões, as pessoas migraram para o Instagram onde o uso da imagem se sobressai sobre o textos inscrito, textos rápidos ,bem resumidos, frases curtas , textos para serem consumidos em menos tempo e com velocidade que te permite consumir muito mais textos por minuto, possibilitando uma interação ampliada entre criador de conteúdo e consumidor.
Só que não só de imagens estão vivendo as redes sócias, as mesmas estão se tornando insuficiente para um mercado com exigências mais cognitivas. A utilização dos “reels” são a nova tendência, utilizam som, imagem e texto fazendo com que que o leitor desse novo texto entre em contato com uma infinidade de estímulos com cores, imagens, músicas etc. Além disso, o feed mudou um pouco, ao 'rolar para cima', você entra em contato com reels de pessoas que sequer fazem parte do grupo de contas que você segue: a rede social não é mais entre você e os que você escolhe, mas agrega uma série de perfis desconhecidos que você não segue e que aparece para você, linkado na dinâmica do reels.
O cérebro humano não absorve bem um grande volume de informações combinadas; e a ideia é não absorver mesmo: assim você não cansa e passa mais tempo assistindo besteiras, afinal, o excesso de informações não veio acompanhado da ampliação da qualidade de conteúdo. E isso resulta também em problemas graves de leitura e interpretação. Não é raro você ver pessoas comentando coisas absurdas, porque não conseguem nem compreender o conteúdo, tampouco se expressar satisfatoriamente sobre tal. Acompanhamos, também, o que parece ser um novo tipo de celebridade, que são os influenciadores que acumulam milhares de seguidores que acompanham rotinas elementares: gente que ganha muito dinheiro para ostentar seu dia a dia mais elementar - acordar, tomar café, um passeio fora de casa, fotos de unhas, de cabelo, dentre outros símbolos de vidas fúteis; seguido de "teste de produtinhos", "recebidos", e por aí vai...
Para concluir creio que as redes sociais possuem o estímulo cognitivo excessivo, cria uma espécie de usuário "despersonalizado", que segue tendências, que acompanha subcelebridades, que copia dancinhas... tudo de forma involuntária (embora alguns se julguem autônomos); e isso proporciona uma idiotização do público.